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Consumo

Feira de "velharias" oferece de carro a liquidificador e quer virar tradição

Ângela Kempfer e Anny Malagollini | 15/04/2013 07:04
Primeira edição foi montada na varanda de uma loja, na rua José Antônio.
Primeira edição foi montada na varanda de uma loja, na rua José Antônio.

Na 1ª edição da Feira de Antiguidades e Velharias de Campo Grande, até uma Brasília foi colocada à venda. Ano 76, com motor e manual originais, o carro é oferecido por um dos organizadores do evento, justamente para mostrar que está disposto a fazer do encontro uma tradição na cidade.

Erich Pontes, de 39 anos, comprou o carro em São Paulo, assim como a maioria dos objetos que coleciona. Faz trocas ou compra no bairro do Bixiga e outros pontos da capital paulista, um centro deste tipo de produto no País.

A Brasília ele pretende vender por R$ 6.2 mil, para montar uma loja com o dinheiro e continuar vivendo do que gosta: vender velharias. “Já trabalhei com um monte de coisa, até com bicicleta. Mas o vintage está na moda e o retorno financeiro é muito positivo”, explica.

Na lista de peças oferecidas por Erich há muita decoração e eletrodomésticos - da vitrola ao liquidificador, e até um carimbador de selos, vindo de Bauru (SP). Para ganhar dinheiro, montou no Facebook o “Coisas das Antigas” e já conseguiu fazer bons negócios. “Vendi um carrinho de brinquedo ano 82, na caixa, por R$ 1.5 mil”, conta.

José Carlos, dono do “Arco da Velha” reuniu alguns produtos que vende na loja retrô da rua 7 de Setembro. “Não tive tempo de selecionar muita coisa. O vinil da banda Camisa de Vênus, por exemplo, eu esqueci de trazer”, lembra ao mostrar outros LPs das antigas. Mas vieram a filmadora, o barbeador dos anos 50 e tantos outros itens de colecionador, com valores entre R$ 10,00 e R$ 150,00.

Liquidificar anos 50.
Liquidificar anos 50.
Carimbador de selos, vindo de SP.
Carimbador de selos, vindo de SP.

A feira é feita por um grupo que resolveu reunir o que gosta e usar o apelo à memória para fazer as pessoas comprarem. A empresária Simone Vital Raslan é uma das compradoras com potencial para gastar. Entre uma olhada e um comentário, ela explica porque resolveu comparecer. “Gosto desse tipo de feira porque tudo aqui me faz voltar à infância”.

Na primeira edição não houve muito produto à mostra. Os vendedores levaram muita coisa encontrada em fazendas do Estado, como aqueles ferros antigos de passar roupas. Mas o forte é o urbano retrô. Como o liquidificar lindinho dos anos 50, a balança de quase 70 anos ou a caixa registradora enferrujada, por apenas R$ 50,00.

Tem de tudo na feira montada na rua José Antonio, na varanda da Loja Gaveta, um brechó cheio de roupas e acessório bacanas. Também há muitas peças que não servem mais para nada além de colecionar, como a vitrola que já não toca discos.

Um dos comerciantes do evento, Plínio da Silva, levou a coleção de canetas, algumas raras, ao preço de R$ 1.5 mil. Um delas, da edição limitada em homenagem a Getúlio Vargas, sozinha custa R$ 600,00.

O evento é organizado pelo Brechó Gaveta, Arco da Velha e Coisa das Antigas, com o desejo de transformar o local em algo do tipo “Feirinha Benedito Calixto”, uma das mais famosas do Brasil, realizada em São Paulo aos sábados, com quase 300 barracas que misturam brechó e antiquário.

Ainda não há data para a próxima edição, mas assim que o dia for definido, o Lado B vai divulgar. A feira deve ocorer sempre na rua José Antonio, 31.

A Brasília, ainda com manual.
A Brasília, ainda com manual.
Vitrola também à venda.
Vitrola também à venda.
Peças para colecionadores também são oferecidas.
Peças para colecionadores também são oferecidas.
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