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Diversão

Menino de 5 anos vira 'entregador' em homenagem ao trabalho do pai

Augusto homenageia pai com fantasia de entregador em dia especial na escola

Por Thailla Torres | 29/05/2025 09:18
Menino de 5 anos vira 'entregador' em homenagem ao trabalho do pai
Bag de entregas foi feita com papelão, fita adesiva e a criatividade dos pais. (Foto: Arquivo Pessoal).

Foi de última hora, no fim do mês e com o frio apertando. Mas bastou um pouco de papelão, fita adesiva e muito amor para transformar Augusto, de 5 anos, no entregador mais fofo da escola. A ideia partiu dos pais, Ana Flávia Anunciação, de 26 anos, e Wellington Trindade dos Santos, de 29, que colocaram a criatividade para jogo quando a escola de Augusto, localizada no Jardim Canguru, anunciou o famoso “dia da fantasia”.

Moradores do bairro Los Angeles, eles não tinham nada pronto. Mas tinham uma história por trás da escolha do figurino ontem à noite. É que além do emprego fixo durante a semana, o pai de Augusto é também motoentregador nos fins de semana, profissão que exerce desde 2019. A fantasia, então, virou também uma homenagem, isso porque o filhão admira muito a profissão do pai, que trabalha de “Hifood”, nas palavrinhas do menino, que ainda não consegue pronunciar direitinho o nome da marca de entregas.

“Como estava frio, pensei: vou fazer uma caixa para ele. Ele já tinha uma aqui. Foi aquela coisa de última hora, sabe? Mas deu certo. Ele ficou todo animado”, conta Wellington, orgulhoso. E não foi só o filho que se emocionou, os colegas do grupo de entregadores também.

“No grupo de entregadores, todo mundo elogiou. Teve gente dizendo que vai copiar a ideia para o filho. É muito bonito ver esse reconhecimento”, completa.

Menino de 5 anos vira 'entregador' em homenagem ao trabalho do pai
Augusto também foi com seu capacete e a chamou atenção logo cedo. (Foto: Arquivo Pessoal)

A escolha da fantasia, além de criativa, também foi educativa. Para Wellington, é importante que o filho entenda o valor do trabalho do pai e de tantos colegas que enfrentam o trânsito todos os dias.

“O entregador ainda é visto com muito preconceito. Quando acontece um acidente, já dizem que a culpa é da gente. Mas será que é só o motociclista que erra? Eu sou motorista também e vejo: a cada 20 motoristas, pelo menos 13 estão mexendo no celular. Já vimos quatro colegas acidentados só neste começo de mês, todos por culpa de motoristas distraídos”, desabafa.

Por segurança, Wellington deixou de trabalhar exclusivamente com entregas quando o filho nasceu. Conseguiu um emprego fixo e passou a fazer corridas apenas nos fins de semana. Mas nunca perdeu o orgulho do capacete e da mochila vermelha. Ver o filho vestindo a miniatura da sua rotina, literalmente, foi um presente. “É um orgulho danado”, finaliza.

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