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Diversão

Wood's Campo Grande acabou por causa de "mentiras", diz ex-sócio da casa

Ângela Kempfer | 06/10/2015 06:12
Wood's abriu em dezembro de 2013. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Wood's abriu em dezembro de 2013. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

Há um ano a Wood’s Campo Grande já andava mal das pernas diz o empresário Marcos Derzi. Quando viu que a promessa de grande empreendimento iria naufragar, ele decidiu vender sua parte para o sócio Thiago Cance. Meses depois, o negócio não resistiu e fechou as portas definitivamente em julho, 1 ano e 7 meses após a inauguração com casa lotada e fila de horas na Afonso Pena.

Apesar da empolgação de início, não houve tempo nem sequer de recuperar os mais de R$ 3,5 milhões investidos, garante Marcos.

O funcionamento relâmpago, de um casa sertaneja de nome prestigiado Brasil afora, é o resultado de má gestão, avalia o ex-sócio. “Má gestão da Wood’s nacional, que ficou de dar suporte, de mandar gente qualificada para auxiliar na administração, de conseguir patrocinadores, mas isso nunca aconteceu. Ficamos sozinhos”, reclama.

Segundo ele, Thiago Cance foi um resistente, que, apesar do esforço, não conseguiu levar o negócio sem nenhum apoio da marca. “Ele tentou tocar por mais um tempo, mas o movimento era fraco. Acabou custeando tudo sozinho”, diz Marcos.

Um dos primeiros desentendimentos com a direção de Curitiba (PR) ocorreu com a composição da sociedade, lembra. “Foi muita mentira. Eles tinham 30%, nós 50%. Disseram que o Sorocaba assumiria outros 10% e o Michel Teló mais 10%. Só depois da inauguração que descobrimos que era mentira”, conta.

A dupla Fernando e Sorocaba esteve na inauguração em dezembro de 2013, mas a sociedade nunca foi oficializada. Aliar o nome ao de cantores sertanejos famosos, seria uma segurança no negócio que acabou não se confirmando.

E os problemas não seriam apenas em Mato Grosso do Sul. “Por má gestão, vão fechar também Cascavel (PR) e Caxias do Sul (RS)”, comenta.

Sobre dívidas com funcionários, ele garante que deixou as contas pagas. “Não tinha débito nenhum quando vendi minha parte”, assegura.

Para Marcos, o que traduz a experiência é “decepção”. “A gente confiou na marca, mas só o que encontramos foi mentira e mais mentira, no bom português. Cem por cento do investimento foi nosso”, ataca.

Marcos Derzi vê a Wood’s como águas passadas. Agora, se prepara para abrir um novo restaurante, especializado em carnes. “Comprei o prédio do Real Botequim na Afonso Pena, assim que eles fecharam. Agora vou começar com a reforma para abrir em janeiro do ano que vem. Será um restaurante de carnes e bar”, antecipa.

O Lado B tenta há semanas falar com Thiago Cance, mas ele não retorna as ligações. A assessoria nacional da Wood’s também não respondeu aos nossos questionamentos.

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