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Faz Bem!

Graças a meditação diária durante 1 mês, professora diz que virou borboleta

Paula Maciulevicius | 28/03/2016 06:34
A demissão, o divórcio e dívidas chegaram a um ponto que no dia 24 de fevereiro ela resolveu meditar. (Foto: Thailla Torres)
A demissão, o divórcio e dívidas chegaram a um ponto que no dia 24 de fevereiro ela resolveu meditar. (Foto: Thailla Torres)

Um desafio pessoal estabelecido depois de um turbilhão de coisas ruins. Quando tudo apareceu de uma só vez na vida de Patrycia Andrade, a professora e atriz resolveu olhar para dentro de si. A demissão, o divórcio e dívidas chegaram a um ponto que no dia 24 de fevereiro ela resolveu meditar. Meia hora por dia, por um mês.

"Eu estava numa frequência muito baixa no sentido de não conseguir pensar mais, estava olhando muito para fora. Ou era hora de eu cair de vez, ou o universo estava querendo me mostrar alguma coisa", conta Patrycia, de 39 anos.

Buscando na internet e em livros que pudessem acalmá-la, num momento em que o ombro dos amigos já não bastava, ela topou com um desafio muito maior: 100 dias de meditação, o dobro do tempo

Assunto foi pesquisado em livros e vídeos pela internet. (Foto: Thailla Torres)
Assunto foi pesquisado em livros e vídeos pela internet. (Foto: Thailla Torres)

"Será que é verdade? Vou fazer 30, 30. E comecei. Coloquei o alarme para despertar. Nos primeiros dias, não conseguia fazer nem 15 minutos", lembra. Coincidentemente, um monge veio a Campo Grande para ministrar um curso que ela fez questão de acompanhar. Ensinava como meditar no amor.

"Não conseguia sentir amor pelas pessoas e por nada. Quando ele começou a explicar o que é a meditação, que não é para ficar parada e quieta, é ter um foco. Primeiro a respiração, depois como a nossa vida é tão corrida, a gente olha muito para fora e é preciso olhar para dentro", descreve Patrycia.

Ao invés de se vitimizar trabalhando o "por que comigo?" a professora resolveu observar o que o universo queria mostrar a ela com isso. "Toda vez que eu fechava os olhos, concentrava minha respiração e quando tivesse bem calma, focava nas pessoas que eu queria emanar e sentir amor", lembra.

A paz interior foi tamanha que ela, no 20º dia, chegou a se emocionar durante o ato. "Chorava num estado de amor e gratidão por tudo o que me tinha acontecido, mesmo as coisas ruins estavam me mostrando que eu precisava me conhecer".

Ao invés de se vitimizar trabalhando o "por que comigo?" a professora resolveu observar o que o universo queria mostrar a ela com isso. (Foto: Thailla Torres)
Ao invés de se vitimizar trabalhando o "por que comigo?" a professora resolveu observar o que o universo queria mostrar a ela com isso. (Foto: Thailla Torres)

Dias depois de iniciar a meditação, Patrycia já começou a colher os frutos materiais da autodescoberta. Uma escola ligou para contratá-la. "E também, de repente, do nada, as pessoas apareciam com algo que eu precisava ouvir e tudo isso estava presente, eu que não enxergava os sinais".

Os 30 dias terminaram exatamente na sexta-feira santa. Não foi proposital, Patrycia não é religiosa e explica que a meditação nada tem a ver com religião. Se trata apenas de autoconhecimento e a partir dele, a vida passou a ser vista com olhos de amor e compaixão. Sentimentos distantes da raiva protagonizada anteriormente.

"Agora eu chego na escola, meus alunos me abraçam, me beijam. Tudo começou a ser o contrário. Vejo reação de amor por todos os cantos, amigos, vizinhos. E não é um milagre, é como eu estou dentro de mim. Agora eu sei se quero sentir raiva ou não, antes, não conseguia dominar isso", descreve.

O processo de 30 dias meditando fez com que ela voltasse a ser ela mesma, uma criança que corre descalça pela grama. A essência que o adulto se deixa perder quando cresce.

"Tudo começava a fazer sentido. Tudo começava a se encaixar como se fossem verdadeiras peças de um grande quebra cabeças do jogo da vida. Que belo presente é conhecer a si mesmo. É como se o universo me chacoalhasse para que eu pudesse despertar do sono profundo da inércia em que eu me encontrava. Algo queria emergir.
E emergiu. Até porque para a borboleta voar, é necessário ficar um período dentro do casulo", resume.

Agora que a meditação virou hábito, Patrycia começa outro desafio, o da gratidão. De notar nas coisas mais simples do dia, o que tem a agradecer.

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