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Testamos PlayStation VR e 11 jogos seus, com direito a susto e frio na barriga

Patrick Weiller e Edson Godoy | 06/04/2017 10:23
Testamos PlayStation VR e 11 jogos seus, com direito a susto e frio na barriga

Lançado em outubro do ano passado, o PlayStation VR é o primeiro acessório de realidade virtual lançado para um console que de fato entrega a experiência em VR, algo que a indústria sonhava há décadas. Porém, o seu alto custo (399 dólares nos Estados Unidos e em torno de 3 mil reais por aqui) acaba tornando o acessório uma experiência para poucos. Diante disso, demos um jeito de passar alguns dias na companhia desse desejado acessório e com alguns de seus jogos, para contar a vocês o que achamos e se ele é tudo isso mesmo que promete.

Características geraisO óculos é de fácil configuração, ao contrário do que já ouvimos na internet a respeito, não trazendo problema algum para pessoas acostumadas com videogames em geral, resumindo-se a configurar a caixa externa de processamento do áudio 3d e da imagem que irá para a TV.A construção do óculos é ótima qualidade. Você irá ajustar a distância para seu rosto e apertarna parte de trás da cabeça para ter o máximo de “grip” na cabeça, ficando bastante confortável. Assim que o jogo começar, você nem lembrará que está usando o acessório. Quase como se estivesse entrando na Matrix.

De cara você já visualiza o menu do PS4 como se fosse um telão na sua frente. Nessemomento, muitos reportaram que a imagem dos cantos fica borrada, porém trata-se de algo natural. A imagem do centro é bem nítida enquanto os cantos funcionam como a visão periférica dos olhos. Se focar direto neles, na hora ganharão nitidez.

Um ajuste importante e que muitos desconhecem é feito com a PS Câmera, que aliás é um acessório obrigatório para o funcionamento do VR. Com ela você pode tirar uma foto do seu rosto e configurar onde está o centro de cada olho seu. Isso ajudará muito no ajuste do foco e elimina a desorientação. Importante lembrar que o PS VR pode ser usado com óculos de grau sem nenhum problema.

O som 3D ligado ao óculos impressiona muito, mesmo usando o pequeno fone de ouvido já incluso no pacote. Uma função legal é a ativação do microfone: como você fica totalmente isolado do mundo externo, fica difícil ouvir ou prestar atenção em algo do lado de fora. Por isso o ajuste do microfone auxilia para que você possa ouvir no fone de ouvido se alguém estiver falando com você ou se seu celular tocar.

Os jogos no PS VR ou qualquer uma dessas tecnologias possuem claros limites gráficos, pois ele deve processar duas imagens em Full HD e 60fps sem a existência de quedas de frames, pois abaixo disso já causaria tontura. É uma tela dessa para cada olho, visandofazer seu cérebro acreditar piamente que você está em um ambiente virtual.E não se enganem ao comparar esse óculos da Sony com o Gear VR da Samsung ou derivados que usam o Celular para simular: apesar de trazerem uma experiência muito boa, não é 1/10 do que se vê aqui.

Os jogosUm dos mais importantes é sem dúvida sem dúvida Resident Evil VII, jogo que falamos a respeito na matéria de terça-feira passada.

O acessório vem com um disco de demos, no qual você também pode baixar de graça pela PSN e que contém várias formas de experiência.Comecei testando Driveclub VR. A imersão que você sente ao entrar dentro do carro e ver o volante a sua frente é algo indescritível. Você imediatamente leva a mão ao volante, como se ele realmente estivesse ali. Você de fato se sente totalmente dentro do carro. Uma pena que a experiência da corrida não é das melhores, com gráficos muito fracos e limitados, chegando a causar inclusive algumas sensações nauseantes.

EVE: Valkirieé um simulador espacial com gráficos soberbos e ação bem frenética. Infelizmente a demo é bastante curta, mas já serviu para deixar um gostinho de quero mais e garantir a vontade de adquirir o jogo completo.

Job Simulator é muito divertido. Como o próprio nome diz, trata-se de um simulador de emprego. Testamos a demo do escritório, onde você fará tudo, até mesmo agachar para ligar o CPU ou jogar as coisas que podem ser pegas, quase como a vida real.

PlayStation VR Worldsé uma coletânea de 5 minijogos, que funcionam como “tech demos” que permitirão ao jogador usufruir das principais características e experiências do VR. Em sua demo jogável, é possível testar o modo de galeria de tiros do minijogo The London Heist, que demonstrou ótima qualidade no sistema de mira, que exige a utilização do PS Move. Outro minijogo disponível na demo é Ocean Descent, que mostra visuais e atmosfera incríveis em uma aventura submarina.

Já Rigs: Mechanized Combat Leaguenós já havíamos testado durante a Brasil Game Show no ano passado. Não impressionou nem daquela vez e nem agora.

Thumperfoi uma das maiores surpresas dessa leva inicial de jogos para o acessório. Visuais incríveis, uma enorme sensação de velocidade e adrenalina com ritmo de sequências, em um jogo que parece muito uma mistura entre F-zero e Guitar Hero.

Until Dawn: Rush of Blood é incrível, seguindo a qualidade de Until Dawn para consoles convencionais. Ele garante boas cenas de susto, além de muita ação, em especial com a utilização de duas armas, uma em cada mão.

Invasion é um desenho em 3D com um coelho e seres extraterrestres. É como se fosse uma animação da Pixar, com a diferença de que nele você está lá dentro, vendo tudo acontecer.

E como não falar de Star Wars Battle Front VR Mission? Logo no começo que você se depara com um AT-AT na tela de início e visualiza sua imensidão, típico momento em que o VR mostra o que realmente pode oferecer. Depois disso você poderá conferir a X-Wing, entrar em seu cockpit e olhar cada detalhe dentro dele, de forma bastante impressionante. Mas é na missão que você se sentirá como uma criança com um brinquedo novo: o tamanho do espaço, das naves, a ação acontecendo na sua frente e a dimensão de tudo isso é apavorante. Uma pena ser apenas uma missão.

O troféu do VR sem dúvidas vai para Batman Arkham VR. No jogo você precisará dos 2 controles Move e estar de pé com uma boa quantidade de espaço disponível na sala, a fim de otimizar a interação. Já na introdução você estará no topo de um prédio e ficará assombrado com o tamanho e profundidade de tudo, é tudo tão real que é como se realmente estivesse lá, mas ao andar alguns passos em direção ao parapeito e olhar para baixo, aí sim você solta um palavrão! (risos).

A sensação de altura te causa um frio na espinha, é inacreditável essa imersão. Nada em questão de tecnologia impressionou tanto quanto isso. Ao iniciar o jogo você começa na mansão Wayne e poderá até tocar o piano que está na sua frente como se fosse um piano de verdade. Em seguida Alfred te dará acesso à Bat Caverna, onde vestirá sua roupa e logo em seguida descerá para a caverna de elevador, ficando de boca aberta pela altura, profundidade e riqueza dos detalhes. Logo depois você estará em uma cena de investigação da morte do Nightwing e ao recriar a cena, você vê a luta entre ele e seu assassino na sua frente, como se duas pessoas estivessem brigando ali mesmo.

O legal de tudo isso é que não tem como não jogar essa experiência sem sorrir de orelha a orelha o tempo todo. Você realmente se sente sendo o Batman, usando seus itens de investigação forense e seu gancho que estão sempre guardados em seu cinto.

Fora os jogos, temos também várias opções de vídeos em VR em aplicativos próprios – inclusive YouTube, assim como filmes em Bluray 3D.O PlayStation VR e essa tecnologia já presente no Oculus Rift e HTC Vive vieram para mudar o mundo tecnológico como conhecemos. É claro que é uma tecnologia que acabou de sair do berço e que ainda há muito o que se evoluir, mas seu estágio atual já garante muita diversão e experiências incríveis e inéditas aos jogadores.

Visite o Vídeo Game Data Base, o museu virtual brasileiro dos videogames.

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