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Sabor

Adaptado à moda Vânia, Requeijão Pantaneiro é receita tradicional de família

A ideia era criar um novo sabor que agradasse o paladar da empresária e deu tão certo que o produto concorre a premiação em SC

Alana Portela | 22/09/2019 07:55
Requeijão Pantaneiro é  mais seco e cremoso que os demais (Foto: Kisie Ainoã)
Requeijão Pantaneiro é mais seco e cremoso que os demais (Foto: Kisie Ainoã)

No estilo Vânia Alves Corrêa Murano, Requeijão Pantaneiro é receita mais consistente adaptada do caderno de culinária da família. A ideia era criar um novo sabor que agradasse seu paladar. “Não gostava de como era, então fiz a minha moda e deixei um pouco mais cremoso e não tão seco”, conta.

Vânia quis resgatar as memórias de quando era criança através da culinária e preparar pratos tradicionais na família. “Na minha infância, lembro de modelar biscoitos, fazer linguiça, queijo, sempre acompanhada de uma tia. Ela morava na fazenda, onde eu ia para visitar e passar as férias”.

A fazenda está com a família há gerações e já faz parte da história da cidade. “Meu bisavô foi um dos fundadores de Aquidauana. Temos uma fazenda há mais de 100 anos, foi onde me criei. Ia nas férias e mesmo estudando fora, visitava o local”, lembra. “Meu pai tinha uma cartilha, e quando estava no local, rezava”.

O produto armazenado no pote (Foto: Kisie Ainoã)
O produto armazenado no pote (Foto: Kisie Ainoã)
O requeijão pode ser cortado (Foto: Kisie Ainoã)
O requeijão pode ser cortado (Foto: Kisie Ainoã)
Vânia Alves Corrêa Murano fez a adaptação da receita (Foto: Arquivo pessoal)
Vânia Alves Corrêa Murano fez a adaptação da receita (Foto: Arquivo pessoal)

A produção do requeijão começou na década de 90, no mesmo lugar. “O requeijão era um prato que se podia transportar, pois não exigia ficar na geladeira. Usado em viagens que demoravam muito tempo. Mas esse que criei precisa ser refrigerado”, diz.

Aos 65 anos, Vânia é empresária aquidauanense e recorda sobre quando adaptou a receita. “O requeijão surgiu a partir do momento que investimos em um hotel fazenda e em uma pousada no Pantanal, no rio Aquidauana. Daí busquei receitas de família com aquelas lembranças de pratos e coisas típicas”.

A receita foi testada há 29 anos pela empresária e deu tão certo que a produção do requeijão continua, principalmente para venda. O nome do produto é para homenagear o pantanal sul-mato-grossense e também por conta da pousada que é de Vânia. “Foi criado lá. Queria um algo de corte para servir no café da manhã ou com sobremesas”.

Para fazer o requeijão, é preparado o queijo na parte da manhã. “Depois continuamos no dia seguinte. Às 11h pois é o horário de mexer com a produção”, conta. Por dia, é preparado cerca de dez quilos do Requeijão Pantaneiro”.

O produto ganhou espaço e está concorrendo a premiação de melhor queijo artesanal do Brasil, que acontece nesta semana em Santa Catarina. O requeijão disputa com outros 600 queijos de todos os cantos do país.

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Empregada da pousada preparando o Requeijão Pantaneiro (Foto: Arquivo pessoal)
Empregada da pousada preparando o Requeijão Pantaneiro (Foto: Arquivo pessoal)
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