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Sabor

Casa amarela virou “muvuca” por causa de saltenha famosa do pai

Vendido a R$ 6, o famoso salgado conquistou uma legião de fãs na Vila Bandeirante

Jéssica Fernandes | 26/03/2022 07:20
Saltenha e refrigerante mate chimarrão formam o combo corumbaense. (Foto: Kísie Ainoã)
Saltenha e refrigerante mate chimarrão formam o combo corumbaense. (Foto: Kísie Ainoã)

De terça a sábado, Karla Regenold, de 32 anos, prepara e serve sem parar os clientes que procuram a verdadeira saltenha boliviana. Há dois anos, ela aprendeu com o pai Ciro Hugo Pereira, de 60 anos, a tradicional receita que conquistou uma legião de fãs em Campo Grande.

Desde então, a empreendedora nunca mais parou de fazer a famosa massa com o delicioso molho e recheio de frango. Na cidade, Karla começou a aceitar encomendas e o negócio deu tão certo, que há seis meses, ela inaugurou o primeiro espaço físico, a “Saltenharia. PH”.

Localizado na Vila Bandeirante, o Lado B visitou o lugar que não fica vazio em nenhum momento, pois toda hora é um entra e sai de clientes. O ambiente é simples, aconchegante e decorado com peças que remetem à Bolívia, país onde o pai de Karla nasceu e cresceu.

Karla segura uma das saltenhas que vende na loja. (Foto: Kísie Ainoã)
Karla segura uma das saltenhas que vende na loja. (Foto: Kísie Ainoã)

A saltenha sempre foi um prato presente na vida de Karla, porém ela nunca imaginou que através dessa comida iria conquistar a autonomia profissional. A proprietária do estabelecimento relata que o pai sempre tentava ensinar. “Ele falava: ‘Vem cá, filha, vou te ensinar' e eu respondia que iria casar com homem rico", ri.

No estabelecimento, elas são vendidas no valor de R$ 6 nas opções com ou sem pimenta do reino. Como a massa e o molho exigem todo um preparo, Karla faz 60 saltenhas por dia para vender no lugar. Por isso, às vezes, é necessário chegar cedo para garantir uma unidade ou fazer a encomenda antes. No dia da entrevista, as saltenhas acabaram antes das 17h00.

Além do sabor da pimenta do reino, Karla destaca outras particularidades da legítima saltenha. “A massa dela já é diferenciada, porque é adocicada, fina e crocante. O molho tem que ser apimentado, mas eu coloco pouco para dar um toque bem gostoso. Eu trago esses temperos lá da feira da Bolívia para ficar mais original", ressalta.

Recheada com frango, molho tem ervilha, uva passa e batata. (Foto: Kísie Ainoã)
Recheada com frango, molho tem ervilha, uva passa e batata. (Foto: Kísie Ainoã)

Apesar de existirem lugares que fazem a massa recheada com outras carnes, Karla preza pela receita original. Por essa fidelidade aos ingredientes e temperos originais é que a saltenharia cativou diversas pessoas. A fama da saltenha repercutiu tanto que atrai curiosos de todos os lugares. "Tem gente que vem de Ponta Porã para comer aqui", revela.

Bolivianos e corumbaenses também ficam felizes da vida ao experimentarem o salgado, que é presente a cada esquina do país e da cidade. “Teve uma cliente de Corumbá que não comia saltenha desde 2009. Ela veio aqui, comia e ficava: 'Nossa moça, tá muito bom'", expõe.

Para acompanhar o salgado, Karla comercializa no espaço o refrigerante mate chimarrão da Funada. A bebida gelada é o par ideal com a saltenha quentinha e macia. Quem quiser conhecer a Saltenharia PH, anota aí o endereço! O espaço está localizado na Rua Brilhante, 3212, Vila Bandeirante. O horário de funcionamento é de terça a sexta, a partir das 15h. Sábado é a partir das 8h.

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