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Sabor

No Centro, lanchonete ficou famosa por vender coxinhas no copo e quer criar rede

Elverson Cardozo | 06/05/2013 06:39
Divulgação acontece no meio da rua, com a degustação. (Foto: João Garrigó)
Divulgação acontece no meio da rua, com a degustação. (Foto: João Garrigó)
Salgados são servidos no copo descartável. (Foto: João Garrigó)
Salgados são servidos no copo descartável. (Foto: João Garrigó)

No centro de Campo Grande, de segunda a sábado, quem passa pela calçada da Afonso Pena, entre a 14 de julho e a Calógeras, do lado oposto ao da Praça Ary Coelho, corre o “risco” de ser abordado por alguém que distribui coxinhas fritas.

Alguns apressados pegam o petisco sem ao menos olhar para a atendente. Sem parar, experimentam o “bolinho”, mas, na maioria das vezes, antes mesmo de chegarem à esquina, acabam dando meia volta, entram na lanchonete e compram um “pote”, ou melhor, um copo lotado de mini-coxinhas.

É assim que funciona a propaganda da “Giro Grill”, uma lanchonete diferente, que abriu as portas em dezembro do ano passado. A degustação, aliada ao “boca-boca” atraiu tanta gente que hoje raramente o lugar fica sem filas.

Os salgadinhos são os mesmos encontrados em outros estabelecimentos. A massa é de trigo e o recheio de frango ou carne. A novidade está no modo de vender e no preço, é claro.

As mini-coxinhas são servidas em copos descartáveis, de 300, 400 ou 500 ml. O primeiro, que vem com cerca de 15 unidades, sai por R$ 2,00. O segundo cabe, em média, 22, e custa R$ 3,00. O terceiro, de 500 ml, sai por R$ 4,00, mas vem com pelo menos 30 salgadinhos.

Para comer em grupo a opção é o pote de 1 litro, que custa R$ 10,00 e cabe cerca de 60 unidades. Primeiro o cliente paga. Depois, com o comprovante em mãos, retira a “encomenda”.

O proprietário: Sérgio Fernandes (à esquerda) e Edmar Santana. (Foto: João Garrigó)
O proprietário: Sérgio Fernandes (à esquerda) e Edmar Santana. (Foto: João Garrigó)

Investimento - Os proprietários, Sérgio Fernandes, de 45 anos, e Edmar Santana de Souza, 45, são amigos de infância e moram há pelo menos 30 anos em Campo Grande. Eles sempre trabalharam com lanchonete.

Até o ano passado eles mantinham, no mesmo endereço, a “Sabor a mais”, que foi inaugurada em 1985. Vendo a clientela “sumir”, Edmar queria vender o espaço, mas o amigo, insistente, sugeriu o ousado plano de investir em uma nova lanchonete, que vendesse “salgados fracionados”, distribuídos em copos.

A ideia veio de fora, de Vitória, Capital do Espírito Santo, mas por em prática exigia mais que vontade. Era preciso reformar o local, comprar equipamentos e treinar o pessoal. O investimento final ficou em torno de R$ 350 mil.

Para dar agilidade ao processo, os sócios tiveram de modernizar a linha produção. Na lista de equipamentos, quatro máquinas vindas de São Paulo: uma “cozedora”, que faz a massa, a “formatadora”, que molda, a “empanadeira” e um ultracongelador.

O início foi “tímido”. A produção diária, nos primeiros dias, foi de 3 mil coxinhas. Em pouco tempo, 2 meses no máximo, a demanda exigiu um aumento assustador. Atualmente são feitas de 50 a 60 mil salgados todos os dias.

Karolina Holanda aprovou o sabor e disse que o local atrai pela novidade. (Foto: João Garrigó)
Karolina Holanda aprovou o sabor e disse que o local atrai pela novidade. (Foto: João Garrigó)

Pela casa passam, em média, 1,5 mil clientes diariamente. Em sua maioria são trabalhadores, comerciantes, vendedores, atendentes de loja, gente que vai ao centro pagar contas e estudantes que param para lanchar com os amigos. “Quem não tem dois reais?”, questionou Sérgio, fazendo referência ao menor valor, o copo “campeão de vendas”.

É o que comentam grande parte dos clientes. Na companhia da filha, a dona de casa Odete Maria de Lucena, 45 anos, pediu a maior “porção”, o “pote” de R$ 10,00. “Mas não vou comer tudo. Vou levar para casa”, disse, ao elogiar o sabor e comentar sobre a novidade.

A filha, a operadora de caixa Dayane de Lucena, de 22 anos, contou que soube da novidade ao passar na rua. Degustou a coxinha e voltou para comprar. “Gostei muito”, resumiu.

Karolina Holanda, de 21 anos, também provou e “parou”. Hoje, vai à lanchonete pelo menor uma vez por semana. Para a operadora de caixa, o local se destaca, além da novidade, pela qualidade. “O que me atraiu foi o sabor. É mais rápido para quem está com pressa”, afirmou.

Franquia - Os empresários não imaginavam que o negócio fosse dar tão certo. Hoje, vendo os resultados, anunciam que a estão montando um plano de franquia, de lojas ou quiosques, que poderão ser instalados em shoppings, por exemplo. Eles também pretendem abrir uma segunda lanchonete ainda este ano.

Por dia são produzidas de 50 a 60 mil coxinhas. (Foto: João Garrigó)
Por dia são produzidas de 50 a 60 mil coxinhas. (Foto: João Garrigó)

Sem deixar de por a mão na massa, os amigos não escondem a satisfação de ver a casa cheia todos os dias. “A gente não sonhava com todo esse sucesso, mas conseguimos, graças a Deus”, afirmou Sérgio.

Edmar lembra que, na antiga lanchonete, que ficou de portas abertas até o ano passado, o público era de 200 clientes por dia, no máximo. Agora, com a reforma, nova proposta e o serviço “inovador”, quase toda noite é preciso abaixar as portas com clientes dentro do salão. “Quando a gente fecha tem gente que vem bater na porta”, contou.

Serviço – Para quem pretende provar as coxinhas vendidas no copo, o Lado B repete o endereço: A lanchonete, que ainda está sem nome na fachada, fica na avenida Afonso Pena, entre a rua 14 de julho e a Calógeras (ao lado da Casas Bahia).

Além dos salgadinhos, no local são vendidos refeições e lanches. O atendimento da “Gira Grill” funciona de segunda a sábado, das 8h às 19h.

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