Destaque na década de 80, cultivo do trigo busca expansão em MS com pesquisas
Atualmente, a área plantada é de aproximadamente 40 mil hectares no Estado
O plantio de trigo, que já foi destaque em Mato Grosso do Sul na década de 80, busca expansão aliado à tecnologia. No Dia de Campo de Trigo, promovido pela Embrapa Agropecuária Oeste na última quarta-feira, em Dourados, o chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia, Auro Akio Otsubo, lembrou que a cultura já teve grande relevância no Estado, chegando a ocupar 400 mil hectares na década de 1980.
RESUMO
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Trigo busca retomar protagonismo em Mato Grosso do Sul. Após pico na década de 80, com 400 mil hectares cultivados, a área atual é de 40 mil. Pesquisas da Embrapa Agropecuária Oeste, em parceria com a Cooperalfa, visam aumentar a produtividade e integrar o trigo ao sistema produtivo, sem substituir o milho. Projeto Farinhas Especiais oferece suporte técnico e garantia de mercado aos produtores. Experimentos em Dourados demonstram aumento gradativo na produtividade, alcançando até 88 sacas por hectare em 2024. A meta é expandir o cultivo, aproveitando de 0,5% a 1% da área destinada ao milho.
Atualmente, a área cultivada é de aproximadamente 40 mil hectares. “O desafio agora é aumentar a produção, mas não olhando a cultura isoladamente, e sim adequando o trigo dentro do sistema de produção”.
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Engenheiro agrônomo da Cooperalfa em Dourados, Luan Pivatto detalhou o andamento do “Projeto Farinhas Especiais em Mato Grosso do Sul”, que prevê garantia de liquidez em contrato, assistência técnica periódica nas lavouras e recomendação de cultivares com base em pesquisas da Embrapa.
“Já são quatro anos de estudos realizados pela Embrapa Agropecuária Oeste, avaliando cultivares, densidade e manejo. A cada ano, temos evoluído para aumentar a produtividade e reduzir custos”.
O pesquisador Claudio Lazzarotto, da Embrapa Agropecuária Oeste, apresentou resultados da avaliação do cultivo de trigo no campo experimental, com cultivares da Embrapa e de outras empresas.
Em 2022, a produtividade variou de 34 a 69 sacas por hectare; em 2023, de 29 a 49 sacas, e, em 2024, de 51 a 88 sacas por hectares.
Lazzarotto destacou que a intenção não é substituir o milho pelo trigo. “Existe espaço para os dois. Se o produtor utilizar de 0,5% a 1% da área de milho para cultivar o trigo, ele não está sacrificando o milho e ainda aproveita os benefícios do trigo”.
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