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Lado Rural

União Eurasiática abre novas cotas para importação de carne com tarifa zero

Moscou aprova retomada de um total de 16 plantas frigoríficas brasileiras, em MS, MT, GO, PA, RO, RS, SC e SP

José Roberto dos Santos | 02/12/2021 16:57
Carne bovina brasileira destinada à exportação; cota russa será válida para todo o ano de 2022. (Foto: Divulgação/Mapa)
Carne bovina brasileira destinada à exportação; cota russa será válida para todo o ano de 2022. (Foto: Divulgação/Mapa)

A União Econômica Eurasiática aprovou esta semana a ampliação de cotas para importação, com tarifa zero, de carne bovina e suína destinada ao processamento. Fazem parte do bloco a Rússia, Armênia, Belarus, Cazaquistão e Quirguistão. A medida foi divulgada no final da manhã de hoje pela assessoria de comunicação do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento).

A cota russa para carne bovina será válida para todo o ano de 2022, com volume de 200 mil toneladas. Para carne suína, a cota russa será de 100 mil toneladas, com validade entre 1º de janeiro e 30 de junho do próximo ano.

Além da Rússia, a medida prevê cotas que totalizam 38,5 mil toneladas de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada, das quais 5 mil para a Armênia, 21 mil para o Cazaquistão, 5 mil para o Quirguistão e 7,5 mil para Belarus.

Também há cotas de carne suína congelada com volume de 5 mil toneladas para a Armênia e 7 mil para o Cazaquistão, e de carne suína fresca, refrigerada ou congelada no volume de 20 mil toneladas para Belarus.

As novas cotas de importação constam na Decisão 116/2021 da União Eurasiática. O tema foi tratado com o governo russo durante a visita da ministra Tereza Cristina a Moscou, em novembro.

Plantas habilitadas para Rússia – Desde a recente missão da ministra Tereza Cristina à Rússia, o governo de Moscou aprovou a retomada da habilitação de um total de 16 plantas frigoríficas brasileiras, instaladas em oito estados (Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo). Desse total, sete são de carne bovina; oito de carne suína e uma de suína e aves.

Todas essas plantas já foram habilitadas no passado, mas tiveram as vendas suspensas desde 2017, devido à suposta detecção de ractopamina em produtos oriundos do Brasil. Em 2018, o mercado foi reaberto, mas com apenas poucos estabelecimentos habilitados.

A ministra Tereza Cristina tratou do assunto com o chefe do Serviço Federal de Vigilância Veterinária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor), Sergey Dankvert.  De forma imediata, foi anunciada a retomada da habilitação de dois estabelecimentos de carne bovina.

No último dia 25, haviam sido retiradas as restrições a outras 12 plantas brasileiras de carne bovina, suína e de aves, tendo em vista “o trabalho realizado pelo Mapa destinado ao cumprimento dos requisitos da Federação Russa e as garantias que foram apresentadas pelo órgão competente brasileiro”, conforme nota da Representação Comercial da Federação da Rússia no Brasil.

Com a retomada das exportações desses frigoríficos após a missão da ministra Tereza Cristina, o Brasil passa hoje a ter habilitados para o mercado russo 19 estabelecimentos de carne bovina, 14 de carne suína e 29 de carne de aves, além de 26 de lácteos.

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