Clima ajuda e Pantanal tem junho melhor, com 92,8% menos áreas queimadas
Comparação é entre o mês seis de 2025 e o de 2024, quando os incêndios começaram cedo
Chuvas mais distribuídas e temperaturas mais baixas predominaram em junho deste ano e ajudaram a proteger o Pantanal dos incêndios que vêm devastando grandes áreas do bioma ano após ano.
RESUMO
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Pantanal registra queda expressiva nas queimadas em junho de 2025. Comparado ao mesmo período do ano anterior, houve redução de 92,8% na área queimada, passando de 595.728 hectares para 42.840 hectares. A diminuição também foi significativa nos focos de calor, caindo de 2.753 para 50. Fatores climáticos como chuvas mais distribuídas e temperaturas mais amenas contribuíram para o resultado positivo. Em junho de 2025, não foram registrados incêndios em terras indígenas do Pantanal e Cerrado sul-mato-grossenses, contrastando com os 56.574 hectares queimados em 2024. Unidades de conservação também apresentaram queda de 89,6% na área afetada. Mato Grosso do Sul, que liderava o ranking de áreas queimadas em junho de 2024, caiu para a 9ª posição em 2025. Apesar da melhora, a seca extrema, iniciada em 2018, persiste no Pantanal, embora o alto volume de chuvas em abril tenha amenizado a situação. Investigações sobre queimadas criminosas seguem em andamento.
Dados do Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais), analisados pelo Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima) e pelo Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, mostram que a área queimada no Pantanal sul-mato-grossense caiu 92,8% em comparação ao mesmo mês do ano passado.
De acordo com o boletim divulgado ontem (3), a porção incendiada no bioma em junho de 2024 foi de 595.728 hectares, tendo sido registrados 2.753 focos de calor. Já em junho de 2025, foi de 42.840 hectares, com 50 focos de calor catalogados.
Em junho deste ano não foi reportado incêndio em terras indígenas localizadas no Pantanal ou no Cerrado sul-mato-grossense, enquanto que no mesmo mês do ano passado foram queimados 56.574 hectares nessas localidades, sobretudo na Terra Indígena Kadiwéu.
Nas unidades de conservação dos dois biomas também se verificou queda drástica na área queimada: de 9.198 hectares em junho de 2024 para 952 hectares em junho de 2025, redução de 89,6%.
Comparativo nacional - A redução de incêndios ocorreu em todo o Estado, como também confirmam dados do programa BD Queimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisa Espacial).
Mato Grosso do Sul estava em 1º lugar na lista dos estados com áreas queimadas identificadas em junho de 2024. Em 2025, no mesmo mês, caiu para a 9ª posição. O líder é o vizinho Mato Grosso, com 1.576 focos de incêndio.
Seca - A seca extrema que o Pantanal enfrentou no ano passado foi fator climático que contribuiu para o fogo se propagar. Além disso, é preciso considerar as queimadas criminosas, que ainda são alvo de investigação da Polícia Federal.
Este ano, o alto volume de chuvas de abril ajuda a hidratar o solo e manter o nível dos rios, reduzindo o cenário de seca que persiste desde 2018. Ainda assim, a estiagem não tem previsão de acabar.
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