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Meio Ambiente

Decreto de emergência por causa das queimadas abrange 9 cidades de MS

Sobrevoo feito nesta quarta-feira pelos bombeiros revelo situação crítica

Marta Ferreira | 11/09/2019 18:13
Fumaça dos incêndios florestais que destróem vegetação em vários pontos em MS. (Foto: Divulgação/Bombeiros)
Fumaça dos incêndios florestais que destróem vegetação em vários pontos em MS. (Foto: Divulgação/Bombeiros)

O decreto de situação de emergência por causa do alto número de queimadas em Mato Grosso do Sul, a ser publicado nesta quinta-feira (11) pelo governo do Estado, vai abranger nove municípios, a maioria deles no Pantanal, entre eles Corumbá, campeã nacional em registros de incêndios florestais. A estimativa apresentada durante o anúncio da medida é de que já tenham sido consumidos pelo fogo mais de 1 milhão de hectares e o Estado quer apoio federal para combater o fogo que se alastra pela vegetação em meio à estiagem e forte calor.

Serão incluídos no decreto os municípios de Aquidauana, Anastácio, Miranda, Corumbá, Ladário e Porto Murtinho, no Pantanal. Os outros três são Bonito, Bodoquena e Dois Irmãos do Buriti. Há lugares onde as chamas começaram há vários dias e ainda não foram debeladas.

Rota do fogo - Sobrevoo com duração de seis horas, realizado nesta quarta-feira (11), por militares do Corpo de Bombeiros, revelou a extensão e gravidade dos focos de incêndios na região do Pantanal e na sua borda, abrangendo os municípios de Aquidauana, Miranda e Corumbá.

O objetivo, segundo divulgado, é que a visualização aérea com as respectivas coordenadas, dê elementos para a ação planejada da Defesa Civil do Estado e das brigadas de combate ao fogo e o emprego de novos equipamentos.

O tenente-coronel Fernando Carminati, relações públicas do comando do Corpo de Bombeiros, participou do sobrevoo e informou que a situação é crítica, obrigando a aeronave a operar por instrumento devido à fumaça. Ao Campo Grande News, ele disse que em Corumbá, a fumaça prejudicou totalmente a visualização.

Em Aquidauana e Dois Irmãos do Buriti, onde há chamas que começaram no sábado, também se vê muita fumaça.

Conforme o oficial, o fogo é muito intenso na Fazenda Caiman, em Miranda, onde o levantamento foi feito com a presença dos técnicos que coordenam a ação de combate aos focos. “Vai permitir um combate mais eficaz e pontual no local”, disse Carminati.

O sobrevoo compreendeu oito pontos de focos: Serra da Boa Sentença, Alto Rio Negro, Parque Estadual do Rio Negro, Parque Estadual Touro Morto, Fazenda Caiman, Fazenda Santa Rita (Bodoquena), Aldeia Água Branca e Pantanal de Corumbá.

Veja imagens feitas pelos bombeiros:

Auxílio - Para combater os focos de incêndios florestais, o governo oficializou pedido de apoio aéreo ao Cenad (Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres) para combate aos incêndios florestais na região do Pantanal e borda e Serra da Bodoquena, onde ocorrem a maioria dos focos de calor registrados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

A solicitação, afirma a administração estadual, antecipa o apoio operacional do governo federal que será garantido com o decreto de situação de emergência assinado pelo governador Reinaldo Azambuja (PSDB). “Estamos nos adiantando à tramitação do pedido de apoio diante da situação crítica, onde mais de um milhão de hectares já foram queimados no Estado em 40 dias”, disse o tenente-coronel Fábio Catarinelli, coordenador de Defesa Civil do Estado.

Com 1.552 focos de incêndios florestais neste mês, Mato Grosso do Sul só fica atrás de Mato Grosso (4.781) e Rondônia (1.611). No acumulado do 2019 já são 6.301 queimadas detectadas pelo Inpe no Estado. O número já supera a quantidade de focos acumulados em seis dos últimos dez anos (2.380 em 2018; 5.737 em 2017; 4.617 em 2015; 2.214 em 2014; 3.615 em 2013; 3.731 em 2011).

Corumbá, só na terça-feira (10), teve mais de 250 focos de calor.

 

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