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Meio Ambiente

Dois anos depois, como está Mel, a cadelinha que provocou comoção

Viviane Oliveira | 25/08/2014 11:01
Hoje, Mel tem uma vida de princesa e é o xodó da clinica veterinária. (Fotos: Marcelo Calazans)
Hoje, Mel tem uma vida de princesa e é o xodó da clinica veterinária. (Fotos: Marcelo Calazans)

Quem não se lembra da Mel? A vira-lata que causou comoção nas redes sociais ao ser levada para clínica veterinária com uma lesão grave na coluna, provocada pelo próprio dono, em fevereiro de 2012. Pois é, hoje, apesar de não ter recuperado o movimento das patas traseiras, a cadelinha, que cresceu muito, leva uma vida de princesa e recebe muitos mimos. Ela foi adotada pela veterinária Ana Lúcia Salviatto e mora na clínica onde passou por todo o tratamento.

Mel não consegue andar, mas se arrasta e não deixa de brincar correndo para todo o lado. A cama dela foi montada em uma das salas usadas pelos funcionários do estabelecimento para descansar. “Ela é a mascote da clinica”, diz Ana Lúcia, acrescentando que Mel chegou a ser adotada, mas foi devolvida no mesmo dia.

A história da cadelinha veio a público no dia 27 de fevereiro de 2012, quando foi deixada na clínica, com 4 meses de vida, por um homem que disse tê-la encontrado na rua, mas depois acabou confessando que o irmão havia espancado a cadelinha.

Na época, o caso da cachorrinha foi parar na Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista). No final das investigações a Polícia Civil concluiu que não houve maus-tratos, mas que o animal havia sido vítima de um atropelamento acidental.

Mel teve fratura na tíbia e os membros inferiores ficaram paralisados. Ela passou por várias cirurgias e fez até tratamento com células-tronco, que melhorou a resistência e a qualidade de vida da cadela. “No começo do tratamento, Mel teve duas vezes infecções urinárias. Eu acredito que se ela não tivesse feito as aplicações com células-tronco teria tido mais problemas urinários", explica a veterinária.

Várias cirurgias e até tratamento com células-tronco foram feitos para garantir, pelo menos, qualidade de vida a Mel.
(Foto: Marcelo Calazans)
Várias cirurgias e até tratamento com células-tronco foram feitos para garantir, pelo menos, qualidade de vida a Mel. (Foto: Marcelo Calazans)

A cachorrinha chegou a ganhar uma cadeira de rodas adaptada, conhecida como carrinho, mas não usa com frequência. “Eu acho que ela se sente desconfortável no aparelho”, conta Ana Lúcia. Por causa da incontinência urinária, uma das consequências da agressão, Mel usa pelo menos oito fraldas por dia e não fica sem pomada para assaduras. Além disso, o bichinho passa por exames constantemente para saber se a saúde está em dia.

Uma das funcionárias da clinica, Sônia Maria Conrado da Silva, 50 anos, acompanhou desde o começo a evolução da cachorrinha e diz que Mel se tornou o xodó do lugar. “A noite ela também recebe cuidados especiais dos médicos veterinários que fazem plantão aqui”, relata, dizendo que no período noturno, Mel também tem a fralda trocada.

A veterinária conta que no começo várias pessoas queriam adotar a cachorrinha, mas quando chegava um interessado ela logo ia explicando todos os cuidados que a cadela necessitava para viver. Resultado: Mel acabou ficando na clínica. “Hoje ela é minha e não dou para ninguém”, afirma. No começo, os veterinários chegaram a pensar em eutanásia, em razão das dores que o animal sentia, mas depois de analisar a condição clínica, resolveram continuar com o tratamento. 

A cadelinha, que tem carisma e uma carinha linda, sempre está precisando de fraldas e quem quiser ajudar pode fazer doações na clínica, que fica na rua Rui Barbosa, nº1218, Vila Glória. A fralda que Mel usa é de criança e o tamanho é M. 

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