ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  23    CAMPO GRANDE 29º

Meio Ambiente

Em um ano, focos de incêndio em áreas urbanas aumentam 62% em MS

Por dia, Corpo de Bombeiros atende a uma média de 11 chamados para combater fogo em terrenos baldios e lixo na Capital e interior.

Anahi Gurgel | 10/07/2018 08:23
Bombeiros combatente incêndio em mata neste domingo (08), na Avenida Ludio Martins Coelho, em Campo Grande. (Foto: Paulo Francis)
Bombeiros combatente incêndio em mata neste domingo (08), na Avenida Ludio Martins Coelho, em Campo Grande. (Foto: Paulo Francis)

De 1º de janeiro deste ano até esta segunda-feira (9), o Corpo de Bombeiros atendeu a 2.173 chamadas para combater incêndios em terrenos baldios em Mato Grosso do Sul. O aumento foi de impressionantes 62% em relação ao mesmo período do ano passado, com uma média de 11  chamados todos os dias. 

Os dados da corporação mostram que, nesses 7 meses, foram registrados 1094 focos de incêndio em vegetação, lixo, pedaços de madeira e em construções na área urbana no estado. Foram 1094 em Campo Grande e região e 1079 no interior. No ano passado, foi registrado total de 1338, sendo 682 na Capital e entorno e 656 no interior, com média de 7 chamados por dia.

Somente nesses nove dias de julho, foram ao todo 328 chamados, sendo 122 em Campo Grande e 206 no interior. Nesse mesmo período de 2017, o número era mais alarmante: 144 somente na Capital e 238 no interior.

“Percebemos um aumento considerável de ocorrências durante a estiagem. Além disso, culturalmente, as pessoas limpam terrenos queimando a vegetação. Então, trabalhamos sempre orientando que essa prática representa risco à saúde e pode causar acidentes”, reforça o Corpo de Bombeiros. 

Desde o início do mês, o Corpo de Bombeiros reforçou o efetivo de militares para combater focos de incêndio na área urbana de todo o estado. As equipes extras devem ser mantidas até novembro.

Só neste domingo (08), em Campo Grande, os bombeiros receberam no mínimo 3 chamado para combater incêndio em vegetação.

Famílias a espera de atendimento no CRS Tiradentes. Procura aumenta 60% nessa época do ano. (Foto: Alcides Neto/Arquivo)
Famílias a espera de atendimento no CRS Tiradentes. Procura aumenta 60% nessa época do ano. (Foto: Alcides Neto/Arquivo)

Cuidados com as "fumaças" - O aumento de focos de queimadas acende o alerta na área da saúde, de pacientes e especialistas. De acordo com o otorrinolaringologista, Milton Nakao, a procura por atendimento médico pelas pessoas que sofrem nessa ápoca do ano aumenta 60%.

Ele explica que são vários os fatores que favorecem o aparecimento de alergias, inflamações, tosse. “Tem a fumaça das queimadas, mas outras fumaças. A poluição dos carros, fumaça de cigarro, até mesmo do fogão da cozinha, além de poeira da casa e pelos de gato e de cachorro. Tudo junto faz com que o sistema de defesa do nariz, ouvido e garganta, fique prejudicado pela seca e frio”, explica.

Ele destaca que o risco aumenta para temperaturas abaixo de 19ºC e umidade relativa do ar com índices abaixo de 60% - características do inverno.

Os principais sintomas são tosse, entupimento de nariz, coriza, dor de cabeça, espirros e, num quadro mais desenvolvido, dor de garganta, no peito, ouvido e febre.

Para as pessoas que já são alérgicas, é ainda mais arriscado ainda. Se não houver tratamento, o problema pode evoluir para o chamado “combo ite”: rinite, sinusite, otite, labirintite, amigdalite, que atingem principalmente crianças, idosos e alérgicos.

“A solução é umidificador. Esse aparelho é muito importante, porque, dependendo da secura, toalhas molhadas e baldes podem não resolver. Outra recomendação é lavar o nariz com soro fisiológico três vezes ao dia, se começar a escorrer muito e entupir. Se não melhorar, procura um médico imediatamente para não piorar”, orienta. dr. Nakao.

Nos siga no Google Notícias