Guia ensina população a conviver com quatis nas cidades; acesse
Documento foi criado em Mato Grosso do Sul pela SES, Imasul e CRAS
Além de capivaras, antas e araras, os quatis são animais silvestres que participam da vida urbana de Campo Grande e de outros municípios de Mato Grosso do Sul. Não é raro vê-los passeando em regiões como a do Parque dos Poderes, Parque das Nações Indígenas e entre as matas dos bairros Maria Aparecida Pedrossian e Lageado, por exemplo.
RESUMO
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A crescente presença de quatis em áreas urbanas de Campo Grande e outras cidades de Mato Grosso do Sul tem levantado preocupações sobre a convivência entre humanos e esses animais silvestres. Para orientar a população, foi lançado o "Guia de Boas Práticas para a Coexistência entre Seres Humanos e Quatis", elaborado pela Secretaria Estadual de Saúde (SES), Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) e Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS). O manual aborda os riscos associados à interação inadequada, como doenças e alterações comportamentais nos quatis, além de oferecer recomendações práticas para uma convivência segura e responsável. O guia destaca a importância de evitar práticas como alimentar os quatis, que podem causar obesidade, diabetes e aumentar o risco de zoonoses. A iniciativa visa promover a saúde única, integrando a saúde humana, animal e ambiental. Com ilustrações e dados científicos, o material busca educar a população sobre a necessidade de proteger esses animais e garantir a segurança de todos, especialmente em um cenário de expansão urbana e sobreposição de habitats.
Eles andam em bando, se movimentam bastante e são bichos fuçadores por natureza. Dentro das cidades, essas características acabam expondo os animais ao consumo de alimentos industrializados e outros inadequados, ao contato físico com humanos e a atropelamentos.
Para educar a população sobre essa convivência, o Guia de Boas Práticas para a Coexistência entre Seres Humanos e Quatis foi lançado pela SES (Secretaria Estadual de Saúde), Imasul (Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres).
O manual aborda a biologia dos quatis e riscos de saúde e segurança associados à interação inadequada, como o desenvolvimento de diabetes e obesidade entre os animais e a transmissão de doenças. Ele contém ilustrações, dados científicos e recomendações práticas.
Ele pode ser lido abaixo, acessado ou baixado nos sites da SES ou Imasul.
“Em um contexto de expansão urbana e sobreposição de habitats, é essencial orientar a sociedade sobre comportamentos seguros, éticos e responsáveis. A saúde humana, a saúde animal e a preservação ambiental estão profundamente interligadas, e esse material dialoga diretamente com a abordagem da Saúde Única que temos promovido em Mato Grosso do Sul”, ressalta a superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Larissa Castilho.
Danila Frias, coordenadora de Saúde Única da SES e uma das autoras do guia, afirma que o material representa um marco importante na educação ambiental do estado.
“A coexistência harmoniosa com os quatis é possível, mas exige conhecimento, respeito e mudança de comportamento. Este guia nasce como uma ferramenta educativa e transformadora, integrando ciência, conservação e saúde pública”, disse a coordenadora.
Colaboradora do guia e médica veterinária do CRAS, Aline Duarte reforça a importância da prevenção: “Nosso objetivo é evitar que práticas bem-intencionadas, como alimentar os quatis, acabem prejudicando esses animais. Uma alimentação inadequada pode causar doenças, alterar o comportamento natural e aumentar os riscos de zoonoses. O guia mostra que proteger os quatis é também proteger a nós mesmos”.
O diretor-presidente do Imasul, André Borges, destacou que é preciso aprender a conviver, ainda mais no cenário de urbanização crescente. “O guia reforça a importância de se entender que a convivência com a fauna exige responsabilidade. Em tempos de urbanização crescente, a orientação da população é fundamental para garantir tanto a proteção dos animais quanto a segurança das pessoas”, falou.
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