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Hospital realiza cirurgia inédita em criança com deformidade na mandíbula

Menina de 4 anos foi a primeira paciente e tinha graves alterações faciais causadas por infecções

Por Ketlen Gomes | 07/08/2025 08:38
Hospital realiza cirurgia inédita em criança com deformidade na mandíbula
Equipe médica realiza pela primeira vez cirurgia complexa de correção na mandíbula. (Foto: Divulgação/Humap-UFMS)

O Humap (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian), da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), realizou na última terça-feira (5) uma cirurgia inédita para o tratamento de crianças com deformidades graves na mandíbula. A unidade é a primeira do Estado a oferecer esse tipo de procedimento especializado.

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O Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian realizou a primeira cirurgia com distratores mandibulares extraorais em Mato Grosso do Sul. O procedimento foi feito em uma menina de quatro anos que sofria de anquilose temporomandibular, condição que impede a abertura correta da boca. A cirurgia de alta complexidade envolveu uma equipe multidisciplinar e marca um avanço no tratamento de deformidades mandibulares no estado. O equipamento permite a expansão gradual da mandíbula, beneficiando principalmente crianças na primeira infância com problemas causados por traumas, infecções ou síndromes congênitas.

Foi a primeira vez que o hospital utilizou distratores mandibulares extraorais, equipamento essencial para a correção de alterações na posição dos dentes e dos ossos do rosto em pacientes pediátricos.

A primeira paciente a passar pela cirurgia foi uma menina de quatro anos, diagnosticada com uma grave deficiência mandibular provocada por anquilose temporomandibular, condição em que a boca não consegue se abrir corretamente porque a articulação da mandíbula está travada.

De acordo com o hospital, a alteração teve início ainda nos primeiros meses de vida, devido a infecções recorrentes no ouvido. O quadro comprometeu o crescimento da mandíbula e afetou funções essenciais como respiração e alimentação.

O procedimento, de alta complexidade, envolveu uma equipe multidisciplinar composta por profissionais das áreas de cirurgia bucomaxilofacial, cirurgia crânio-maxilofacial, anestesiologia e cirurgia torácica. Durante a cirurgia, foi instalado o distrator mandibular extraoral, que permitirá a expansão gradual da mandíbula nas próximas semanas. O objetivo é favorecer o desenvolvimento facial da criança e melhorar progressivamente a alimentação e a respiração.

A cirurgiã bucomaxilofacial responsável pelo caso, Janayna Paiva, destacou que a aquisição dos distratores é fundamental para o atendimento de crianças ainda na primeira infância, especialmente recém-nascidos com deformidades graves.

“Ampliamos significativamente nossa capacidade de cuidado com os pacientes, bem como a formação dos nossos residentes e toda a equipe multiprofissional envolvida nos casos sindrômicos”, afirmou.

Os especialistas ressaltam ainda que os distratores mandibulares extraorais são dispositivos indispensáveis no tratamento de deformidades causadas por traumas, infecções ou síndromes congênitas. Nesses casos, intervenções precoces são essenciais para garantir o desenvolvimento adequado da face.

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