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Política

Aécio diz que vai deixar presidência do PSDB para "provar inocência"

Julia Lindner e Isabela Bonfim (Estadão Conteúdo) | 18/05/2017 17:17
Senador Aécio Neves, envolvido em denúncias da Lava Jato (Foto: Agência Brasil)
Senador Aécio Neves, envolvido em denúncias da Lava Jato (Foto: Agência Brasil)

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) confirmou, por meio de nota, que vai se licenciar da presidência do partido por tempo indeterminado para se "dedicar diuturnamente a provar sua inocência e de seus familiares".

A decisão ocorre no mesmo dia em que a irmã do parlamentar, Andrea Neves, foi presa por agentes da Polícia Federal e do Ministério Público por suposto envolvimento com corrupção e um dia após a notícia veiculada na imprensa de que ele teria sido gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley Batista, dono da JBS.

"Em razão das ações promovidas no dia de hoje contra mim e minha família, quero afirmar que, a partir de agora, minha única prioridade será preparar minha defesa e provar o absurdo dessas acusações e o equívoco dessas medidas", declarou o tucano.

Nesta quinta-feira, 18, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, proibiu Aécio de exercer funções no Senado. Em sua decisão, o ministro também impôs duas medidas cautelares ao tucano: a proibição de contatar qualquer outro investigado ou réu e a proibição de sair do País.

No texto, Aécio disse ainda que vai se empenhar para "resgatar a honra e a dignidade que construiu ao longo de mais de 30 anos de vida pública". "O tempo permitirá aos brasileiros conhecer a verdade dos fatos e fazer ao final um julgamento justo", afirmou Ele também destacou que o Brasil "precisa" que o PSDB continue a ser o "fiador" das reformas defendidas pelo governo Michel Temer.

Hoje, entretanto, o relator da reforma trabalhista no Senado, Ricardo Ferraço (PSDB-ES), disse que a proposta virou secundária e a tramitação do texto está suspensa.

Como a Coluna do Estadão antecipou, Aécio indicou o senador Tasso Jereissati (CE) para substituí-lo interinamente no cargo. Para fazer a escolha, o tucano disse que ouviu "inúmeros companheiros". "Estou seguro de que, sob o seu comando, com o apoio de nossos governadores e prefeitos, de nossas bancadas no Senado e na Câmara, dos nossos diretórios estaduais, de nossos líderes municipais e todos nós, ele fará o partido seguir de forma firme e corajosa sua vitoriosa trajetória", diz um trecho da nota.

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