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Política

Após vídeo ofensivo, deputados estaduais contra-atacam parlamentar do PSL

Parlamentares em MS estudam denunciar deputado federal Loester Carlos, que os criticou por não terem criado CPI da Energisa

Silvia Frias e Leonardo Rocha | 05/11/2019 12:38
Sessão foi suspensa pelo presidente da Assembleia, Paulo Corrêa (Foto/Divulgação: Luciana Nassar)
Sessão foi suspensa pelo presidente da Assembleia, Paulo Corrêa (Foto/Divulgação: Luciana Nassar)

Vídeo publicado pelo deputado federal Loester Carlos (PSL), gravado em frente à Assembleia Legislativa causou revolta entre os parlamentares estaduais, que consideraram o teor ofensivo e desagradável e, por isso, vão ao contra-ataque, podendo até entrar com ação judicial.

No vídeo, o deputado federal critica a decisão dos deputados de optarem por comissão especial para apurar denúncias contra a Energisa, no lugar da criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito”.

A crítica já havia sido feita em outro vídeo, mas, desta vez, Loester Carlos fez a gravação em frente ao prédio da Assembleia. “Estou fazendo esse vídeo na cara deles porque são bunda-moles e se recusam a assinar CPI”, disse. Também disse que são "folgados" por votarem projeto que pode acarretar em aumento na carga tributária à população.

Assim que tomaram conhecimento do vídeo, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Paulo Corrêa (PSDB) suspendeu a sessão e convocou reunião com todos os parlamentares.

A reunião durou cerca de uma hora. Na saída, Pedro Kemp (PT) disse que a mesa diretora irá tomar providências contra o deputado federal, podendo ser nota de repúdio, representação oficial contra Loester Carlos a ser protocolada na Câmara dos Deputados ou, ainda, uma ação judicial por calúnia.

“É desagradável pressionar a Assembleia para se fazer uma CPI apenas por fazer”, avaliou o deputado José Carlos Barbosa (DEM), líder do governo na Assembleia. O parlamentar considerou que a criação de comissão como esta é válida quando se há fato determinado e, sem este elemento, o alvo da investigação pode entrar na Justiça e derrubar os trabalhos.

Segundo Barbosa, o deputado Renan Contar (PL), autor da proposta inicial de abertura da CPI da Energisa apresentou o chamado fato determinado, porém, de problema ocorrido em Rondônia. “Eu entendo que seria mais interessante uma CPI da Aneel, por isso, pergunto: qual a ação da bancada federal? Porque não abrem uma CPI lá no Congresso sobre energia?”, questionou, referindo-se à Agência Nacional de Energia Elétrica, que regula as concessionárias em atividade no País.

Os deputados Kemp e João Henrique Catan (PL) consideraram que as ofensas vão além das ações dos parlamentares. “Quando chega um deputado federal na porta da Assembleia e agride aos colegas, ele agride a Casa de Leis”, disse Catan.

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