ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  24    CAMPO GRANDE 23º

Política

Audiência sobre lei da transparência teve 500 convidados e apenas 5 presentes

Helton Verão | 09/09/2013 17:11
Eram esperados representadores da OAB, MPE (Ministério Público Estadual), TCE (Tribunal de Contas do Estado), Poder Judiciário, conselhos profissionais, sociólogos, universitários e interessados, mas apenas cinco enviram representantes (Foto: Helton Verão)
Eram esperados representadores da OAB, MPE (Ministério Público Estadual), TCE (Tribunal de Contas do Estado), Poder Judiciário, conselhos profissionais, sociólogos, universitários e interessados, mas apenas cinco enviram representantes (Foto: Helton Verão)

Está acontecendo na Assembleia Legislativa o debate a Lei de Acesso à Informação, projeto que irá regulamentar a divulgação de atos dos Poderes. Os deputados queriam ouvir representadores da OAB, MPE (Ministério Público Estadual), TCE (Tribunal de Contas do Estado), Poder Judiciário, conselhos profissionais, sociólogos, universitários e todos os interessados antes de aprovar a proposta. Mas a falta de interesse chamou mais a atenção, dos 500 convites distribuídos pelo relator Marquinhos Trad (PMDB), apenas cinco deles foram atendidos ou enviaram representantes.

A proposta também determina acesso da população a informações sobre projetos, programas e contratos do poder público, com detalhes da licitação, empenho e pagamento e regulamenta a fiscalização destas ações. Além disso, destrincha o acesso aos documentos considerados sigilosos.

“Todos cobram, criticam e questionam o nosso trabalho parlamentar, mas nas hora de aparecer aqui na audiência, ninguém aparece. Foram 500 convites, somente cinco deles mandaram representantes”, lamentou Trad pela falta de interesse e o plenário praticamente vazio.

Na bancada além do relator Marquinhos, estavam presentes o presidente da Câmara Municipal de Itaporã, Adriano Martins, o oficial consular do Cônsul do Paraguai em Campo Grande, Agustin Cazal Lopez e o defensor público, Cauê Duarte e Urdiales.

Entre os pontos mais polêmicos que estão sendo discutidos, estão a divulgação do nome, salário, função e horário de trabalho de todos os servidores públicos e comissionados. No projeto do Poder Executivo, o governador André Púccinelli (PMDB) propõe revelar apenas a nomenclatura da função para preservar o princípio da segurança familiar e da privacidade.

“É um tema que envolve a particularidade de cada Estado, pelo menos 54% dos estados, mais o Distrito Federal já aderiram a lei. Convoquei a população e representantes para debater e apresentar propostas aqui, mas ninguém compareceu“, comentou Marquinhos.

O relator espera até o fim do ano decidir sobre a regulamentação da lei. O deputado se mostrou em cima do muro sobre se é a favor ou não da lei. “Pode representar invasão na vida dos servidores”, salientou Trad.

Prioridade - O presidente da Assembleia, o deputado estadual Jerson Domingos (PMDB), afirmou que a discussão e aprovação do projeto seria prioridade para este semestre na Casa de Leis.

Portal – Jerson ainda destacou que haverá uma reformulação no Portal de Transparência da Assembleia, já que agora existem regras específicas a serem cumpridas. “Antes não havia padrão, todos faziam da maneira que achavam melhor, agora haverá este projeto que irá regulamentar esta situação”, ressaltou. O presidente fez questão de ressaltar que apesar das mudanças, o Portal nunca deixou de funcionar.

Nos siga no Google Notícias