Câmara quer saber gasto de Bernal com tapa-buracos e iluminação
A Câmara de Campo Grande aprovou durante a sessão desta quinta-feira (6) requerimento de informações sobre gastos do prefeito Alcides Bernal (PP) com operação tapa-buraco e iluminação pública no ano passado. O pedido, formulado pelo vereador oposicionista Eduardo Romero (PT do B), gerou protestos dos integrantes da base de apoio do prefeito.
- Leia Também
- Câmara derruba veto de Bernal e reduz jornada de assistentes sociais
- Câmara da Capital terá audiência sobre tapa-buracos e patrolamento
No requerimento, há pedido de detalhes sobre os gastos realizados, medições realizadas com o tapa-buracos, quantidade da lâmpadas trocadas e receitas auferidas com a Cosip (Contribuição sobe o Serviço de Iluminação Pública). A base do prefeito reclamou da amplitude do requerimento. O líder do prefeito na Câmara, Marcos Alex (PT), chegou a propor o “desmembramento do pedido de informações”.
Outro petista, o vereador Ayrton Araújo, considerou que o requerimento de Romero era o recomeço da “chuva” de pedidos de informações ao Executivo. “Começou de novo a era de requerimentos para atrapalhar a administração”, criticou.
Paulo Pedra (PDT), um recém aderente à base de Bernal, também queixou-se da amplitude do requerimento de Eduardo Romero e propôs, então, que também fosse investigado o gasto com tapa-buraco e iluminação na gestão passada, de Nelsinho Trad (PMDB). “Se é assim, vamos pedir dos últimos cinco anos”, defendeu.
Contrapondo-se a Pedra, o vereador Elizeu Dionízio (SDD) disse que “se tem dúvida de vereadores da base, que façam seus requerimentos também”.
Também integrante da base de apoio a Bernal, Luiza Ribeiro (PPS) disse que o secretário municipal de Infraestrutura, Habitação e Trânsito, Semy Ferraz, chegou a admitir que quando assumiu a pasta tinha empresas fantasmas no serviço de tapa buracos e que ocorreram medições absurdas.
Elizeu propôs, então, que se convoque o secretário Semy Ferraz para dizer quais são as empresas fantasmas e dar detalhes sobre os gastos com o tapa-buracos. Segundo ele, na atual gestão de Bernal “quatro empresas que executam tapa-buracos estão nadando de braçadas porque estão ganhando diversos aditivos”.