ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MARÇO, SEXTA  29    CAMPO GRANDE 28º

Política

Chefe da Guarda ignora pedido da Câmara para explicar falta de policiamento

Alberto Dias | 13/07/2016 13:15

O chefe da Guarda Municipal, Marcos Cesar Hobel Escanaichi, ignorou convocação da Câmara Municipal para explicar sobre a falta de policiamento em prédios públicos. O requerimento do Legislativo e entregue a Marcos Cesar teve o prazo vencido nesta quarta-feira (13), sem nenhuma resposta, caracterizando nova omissão do poder Executivo. O requerimento soma-se a mais de 30 outros que não foram respondidos esse ano.

O pedido foi sugerido pelo vereador Edil Albuquerque (PTB), frente a diversos ataques de vandalismo em escolas, Ceinfs (Centros de Educação Infantil) e unidades de saúde. Para o parlamentar, os constantes ataques em curto espaço de tempo caracterizam falta de segurança nos prédios públicos. "Por isso convocamos o chefe da guarda para explicar como funciona o policiamento dos prédios públicos e se o efetivo hoje é suficiente".

Na semana passada (4), reportagem do Campo Grande News denunciava uma redução considerável no efetivo da Guarda Municipal nos últimos anos. Conforme o presidente do SindGM/CG, Hudson Pereira Bonfim, que representa a categoria, hoje Campo Grande conta 1.128 guardas municipais na ativa, quase 300 a menos que o efetivo em 2009, quando a corporação contava com cerca de 1,4 mil guardas. Para Bonfim, a evasão é motivada principalmente pelo baixo rendimento: o salário base de um guarda municipal é R$ 843.

Histórico - A ação de Edil Albuquerque foi foi motivada por reportagem publicada pelo Campo Grande News em 14 de junho, denunciando a invasão e depredação da UBSF (Unidade Básica de Saúde da Família) do bairro Serradinho. Já no quinto mandato, o parlamentar ressalta que novos aparelhos públicos foram inaugurados nos últimos anos. "Campo Grande cresceu, é uma evolução natural. E o efetivo da guarda, cresceu também para cuidar de tudo isso?", questiona.

O requerimento não respondido questiona ainda um possível desvio de função, uma vez que guardas municipais estariam focados no policiamento de trânsito, inclusive aplicando multas, deixando de lado a função prioritária de garantir a segurança de prédios públicos. Outro caso recente ocorreu em 17 de abril, quando um incêndio criminoso queimou colchonetes e colocou em risco um Ceinf (Centro de Educação Infantil) no bairro Noroeste. Também era domingo e não havia alunos e professores no local, facilitando a invasão.

Nos siga no Google Notícias