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Política

Com salário acima da média, professores do Estado não devem ter reajuste em 2017

Alberto Dias | 17/01/2017 14:00
"Neste momento eu acho muito difícil um reajuste", diz o secretário da Casa Civil, Sérgio de Paula. (Foto: Arquivo)
"Neste momento eu acho muito difícil um reajuste", diz o secretário da Casa Civil, Sérgio de Paula. (Foto: Arquivo)

Às vésperas de uma reforma administrativa que prevê corte de contratos e demissões, o Governo do Estado pode frear o incremento salarial aos professores em 2017. "Neste momento eu acho muito difícil um reajuste", avalia o o secretário estadual da Casa Civil, Sérgio de Paula. A prioridade, segundo ele, é enxugar a máquina administrativa e cortar gastos para equalizar as finanças e zerar o déficit fiscal das cofres estaduais.

"Será um diálogo duro, mas muito franco. Vamos sentar com o Márcio Monteiro (secretário de Fazenda), com a Maria Cecília (secretária de Educação), Eduardo Ridel (secretário de Governo) e debater o assunto", explicou. "Se tivermos condições de dar o reajuste, por que não? Mas temos que ver se o Estado comporta isso, o que acho muito difícil", ponderou.

Na sequência, de Paula confirmou possíveis demissões a partir de março em diversas áreas e até mesmo corte de contratos. "Mas nosso Estado continua com o melhor salário dos professores", finalizou, referindo-se aos recentes reajustes concedidos aos educadores em 2016.

Entenda - Em 23 de fevereiro de 2016, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) anunciou reajuste de 11,36% aos professores do Estado, posicionando a categoria com o melhor piso salarial do País. Em vigor desde março, os salários começam em R$ 1.575,88, para o professor com 20 horas semanais e o mais alto chega a R$ 8.372,69 para especialista em educação com carga de 36 horas. Já o salário base, por 40 horas, passou de R$ 2.830,26 para R$ 3.151,78. Após o anúncio, definiu-se outro reajuste, de 5,96%, aplicado em outubro.

Mudanças - Conforme noticiado anteriormente, o enxugamento da estrutura administrativa prevê a extinção de secretarias e órgãos vinculados ao Executivo estadual e deve ser finalizada e encaminhada ao crivo da Assembleia Legislativa entre fevereiro e março. Em entrevistas, Azambuja apontava que a medida visa suportar a crise sem sacrificar serviços públicos entregues à população, mantendo investimentos em saúde, segurança, educação, assistência social e infraestrutura.

"Grandes mudanças ocorreram em 2014 quando propusemos uma reforma do Estado, com diminuição de 20% dos cargos em comissão, redução de secretarias e remanejamento de outras autarquias e fundações". Em janeiro de 2015, o governo reduziu de 15 para 13 secretarias, fazendo a fusão de algumas pastas e extinguindo outras, como a da Juventude. Também solicitou que cada setor diminuísse em 20% os custos e número de funcionários comissionados.

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