Congresso derruba veto e garante indenização a 13 crianças de Campo Grande
Benefício de R$ 50 mil será para vítimas da síndrome congênita do Zika vírus em todo Brasil
O Congresso Nacional derrubou o veto presidencial a Projeto de Lei e garantiu a concessão de indenização por dano moral no valor de R$ 50 mil para pessoas com deficiência permanente decorrente de microcefalia associada à infecção pelo vírus Zika. A decisão também assegura pensão mensal vitalícia, no valor do teto do Regime Geral de Previdência Social, que hoje é de R$ 8.157,41, isenta de Imposto de Renda, às vítimas da síndrome congênita do Zika vírus.
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O Congresso Nacional derrubou veto presidencial e garantiu indenização de R$ 50 mil para pessoas com deficiência permanente causada por microcefalia associada ao vírus Zika. A medida também assegura pensão mensal vitalícia de R$ 8.157,41, isenta de Imposto de Renda. A nova lei amplia benefícios trabalhistas, estendendo a licença-maternidade em 60 dias e a paternidade em 20 dias para pais de crianças afetadas. Em Campo Grande, foram registrados 13 casos em 2016, sem novos registros desde então. O projeto, de autoria da senadora Mara Gabrilli, aguarda promulgação presidencial.
Em Campo Grande, segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), em 2016 foram registrados 13 casos de má formação de bebês relacionados ao vírus. "Desde então, nenhum novo caso relacionado à doença foi registrado".
Além da indenização e da pensão, a nova lei amplia benefícios trabalhistas para as famílias. O direito à licença-maternidade e ao salário-maternidade será estendido por mais 60 dias às mães, inclusive adotivas, de crianças com microcefalia relacionada ao vírus. Já os pais terão direito a mais 20 dias de licença-paternidade.
O projeto é de autoria da ex-deputada e atual senadora Mara Gabrilli (PSD-SP), que destacou a importância da proposta, aprovada por unanimidade nas duas Casas Legislativas. “Hoje vamos reparar o erro do governo. Ter esse recurso mensal até quando as mães não estejam mais aqui é fundamental”, afirmou a senadora, ao lembrar dos custos permanentes com fraldas, medicamentos e equipamentos específicos para os cuidados com os filhos.
O veto do Executivo havia sido baseado no argumento de que o projeto cria despesas obrigatórias e benefícios tributários sem apresentar estimativa de impacto orçamentário. Apesar disso, o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), afirmou que há disposição do Planalto em negociar com o Supremo Tribunal Federal (STF) uma forma de viabilizar os pagamentos.
Com a derrubada do veto, o texto segue agora para promulgação. O presidente da República tem 48 horas para fazê-lo após o recebimento da decisão do Congresso. Caso não o faça, a promulgação será realizada pelo presidente ou vice-presidente do Senado Federal.