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Economia

Dólar recua a R$ 5,50 à espera do início do "tarifaço" dos EUA

Ibovespa sobe com alívio no câmbio e expectativa de reação do governo brasileiro

Por Gustavo Bonotto | 04/08/2025 19:00
Dólar recua a R$ 5,50 à espera do início do "tarifaço" dos EUA
Cédulas do dólar. (Foto: Arquivo/Agência Brasil)

O dólar à vista caiu 0,69% e fechou a R$ 5,50 nesta segunda-feira (4), após forte expectativa em torno da ata do Copom (Comitê de Política Monetária) e do início das tarifas impostas pelos Estados Unidos. A cotação recuou em meio à cautela dos investidores, que buscam sinais sobre os próximos passos da política monetária e o impacto do "tarifaço" sobre a economia brasileira.

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Dólar recua e Ibovespa sobe em dia de expectativa por ata do Copom e início de tarifas americanas. A moeda americana fechou em queda de 0,69%, cotada a R$ 5,50, com investidores cautelosos aguardando a ata do Comitê de Política Monetária e o impacto das novas tarifas dos EUA. O Ibovespa subiu 0,40%, aos 132.971 pontos, impulsionado pelo alívio cambial, alta de commodities e expectativa de negociações diplomáticas com o governo americano. A ata do Copom, a ser divulgada hoje, deve trazer detalhes sobre os riscos avaliados pelo Banco Central para a economia. As tarifas americanas de 50% sobre produtos brasileiros entram em vigor amanhã. Enquanto isso, dados do Caged mostram a criação de 166,6 mil vagas formais em junho, menor resultado para o mês desde 2023. O Boletim Focus reduziu a projeção de inflação para 5,07% neste ano, ainda acima do teto da meta.

O principal índice da B3, o Ibovespa, subiu 0,40% e terminou o dia aos 132.971 pontos. A valorização foi sustentada pelo alívio no câmbio, pela alta das commodities e pela percepção de que o governo brasileiro buscará soluções diplomáticas para contestar as sanções impostas pelo governo norte-americano.

A ata do Copom será divulgada na terça-feira (5). Na semana passada, o Banco Central decidiu manter a Selic em 15% ao ano, citando incertezas provocadas pela tarifa de 50% anunciada por Donald Trump (Republicano). A expectativa do mercado é que o documento traga detalhes sobre os riscos avaliados pelo BC para os próximos meses.

O "tarifaço", que impõe alíquota de 50% sobre produtos brasileiros, entra em vigor na quarta (6). Segundo a Casa Branca, as medidas foram adotadas por questões de segurança nacional, política externa e economia.

O cenário internacional também influencia o mercado. A União Europeia decidiu suspender por seis meses suas contramedidas às tarifas dos EUA, após firmar um acordo com Washington. Há expectativa de novos decretos que redefinam as alíquotas impostas a outros países.

No campo dos indicadores econômicos, o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) apontou a criação de 166,6 mil vagas com carteira assinada em junho, queda de 19,2% em relação ao mesmo mês de 2023. O número representa o pior resultado para o mês desde 2020.

O Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central, mostrou nova redução nas projeções de inflação para este ano. A estimativa caiu de 5,09% para 5,07%, ainda acima do teto da meta, que é de 4,5%.

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