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Política

CPI da Desnutrição chega a Dourados com 3 anos de atraso

Redação | 27/03/2008 08:37

A CPI da Câmara dos Deputados chegou nesta manhã a Dourados para investigar denúncias de desnutrição e morte de crianças indígenas na cidade, que chocaram o país em 2005. Só três anos depois os membros desembarcam no município. As lideranças recebem a comissão, mas se dizem cansadas de tantas visitas de autoridades, promessas e nenhum avanço importante na solução dos problemas.

Em 2008 o grupo vai encontrar desnutrição, doenças relacionadas, suicídios, falta de terra, confinamento, preconceitos, alcoolismo, e ainda novas polêmicas envolvendo os índios. Entre os assuntos "do momento" estão a rejeição a templos dentro das aldeias e adoções de crianças que são retiradas das famílias sem qualquer critérios específico que contemple a cultura indígenas.

O que não mudou foram os altos índices de suicídio entre os índios Guarani-Kaiowa de Dourados. Os índices hoje são de uma morte por semana. Em cinco anos, 80 crianças indígenas morreram em Mato Grosso do Sul, vítimas de desnutrição.

Quando o escândalo ganhou repercussão nacional, em 2005, 37 crianças índias morreram: três vítimas diretamente da desnutrição e as outras por doenças associadas.

A CPI investiga as causas, as conseqüências e os responsáveis pela morte das crianças indígenas. Em Dourados, os deputados participam de uma audiência na Câmara de Vereadores. Em seguida, eles seguem para Campo Grande, onde terão uma reunião com o responsável técnico em Saúde Indígena da Fundação Nacional de Saúde, Zelik Tajber.

Entre os deputados que chegaram a Dourados, três são de Mato Grosso do Sul: Geraldo Resende (PMDB), Dagoberto Nogueira (PDT) e Waldir Neves (PSDB).

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