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Política

Defesa de ex-primeira-dama nega lavagem e aponta prisão desnecessária

Aline dos Santos e Mayara Bueno | 19/08/2016 09:33
“Estão levando com muita tristeza”, diz Jail sobre prisão do casal Olarte. (Foto: Mayara Bueno)
“Estão levando com muita tristeza”, diz Jail sobre prisão do casal Olarte. (Foto: Mayara Bueno)

Presa na operação Pecúnia, a ex-primeira-dama Andréia Olarte leva a situação com tristeza e vai negar todas as acusações do MPE (Ministério Público do Estado). As informações são do advogado Jail Azambuja, que foi na manhã de hoje ao Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) para acompanhar o depoimento de Andréia. Nesta sexta-feira (dia 19), Higor Nunes, filho de Andréia, será ouvido pelos promotores como testemunha.

“Ela vai esclarecer todos os questionamentos do Ministério Público. Alguns imóveis eles já tinham há muitos anos, outros mais recentemente. Todos estão nos nomes deles, não existe lavagem”, afirma o advogado. Para Azambuja, o procedimento é inicial e as prisões eram desnecessárias. “Estão levando com muita tristeza”, diz o advogado sobre a situação de Andréia e do marido Gilmar Olarte (Pros) atrás das grades. Olarte é prefeito afastado de Campo Grande.

O casal foi preso na última segunda-feira (dia 15) e as prisões têm validade de cinco dias. Caso não tenha prorrogação, a expectativa da defesa é que eles saim a partir de meia-noite. O STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou liminar em pedido de habeas corpus para os dois.

As investigações começaram a partir dos dados obtidos com a quebra do sigilo bancário de Andréia Olarte e de sua empresa, denominada Casa da Esteticista.

Ainda segundo a operação, entre 2014 e 2015, enquanto Olarte ocupava o cargo de prefeito, Andréia adquiriu vários imóveis na Capital. Os bens totalizaram R$ 3,6 milhões, com preferência por imóveis em condomínios de luxo.

Alguns bens ficaram em em nome de terceiros, com pagamentos iniciais em elevadas quantias (dinheiro, transferências bancárias e depósitos). Conforme a investigação, a princípio, os bens são incompatíveis com a renda do casal.

Também foram presos o empresário Evandro Simões Farinell e o corretor Ivamil Rodrigues de Almeida. Ivamil é apontado como braço direito do casal nas aquisições imobiliárias fraudulentas e Evandro Farinelli é suspeito de ceder o nome para que as aquisições fossem feitas. Pecúnia é uma palavra feminina que significa dinheiro.

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