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Política

Deputados de MS avaliam impeachment de Dilma como provável

Votação do processo de afastamento acontecerá no próximo domingo

Mayara Bueno e Leonardo Rocha | 13/04/2016 12:32
Sessão na Assembleia Legislativa de MS, nesta quarta-feira (13). (Foto: Roberto Higa e Victor Chileno/ALMS)
Sessão na Assembleia Legislativa de MS, nesta quarta-feira (13). (Foto: Roberto Higa e Victor Chileno/ALMS)

Deputados de Mato Grosso do Sul avaliam o impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), como provável, em virtude do cenário econômico do País, além das manobras fiscais apontadas no processo. O pedido de afastamento da presidente será votado no domingo (17), a partir das 14 horas, na Câmara dos Deputados, em Brasília.

Marcio Fernandes, deputado do PMDB, partido que recentemente deixou a base do governo, afirma não enxergar “saída, a não ser o afastamento de Dilma” e que a 'tendência' é o impeachment. Ele crê que o vice-presidente, Michel Temer (PMDB), está mais preparado para assumir a função e conseguir apoio para governar.

O pensamento é compartilhado pelo deputado Paulo Corrêa (PR). No entanto, ele acredita não ser possível ainda cravar o resultado da votação de domingo. Para o processo ser aprovado são necessários 342 votos favoráveis – ao todo, são 513 deputados federais.

Ressaltou, porém, que, em Mato Grosso do Sul, a maioria dos partidos é favor do afastamento, mas ponderou que também pode haver denúncias contra o vice-presidente, ou seja, “o momento é de indefinição”.

Por outro lado, os petistas estão confiantes em um resultado positivo para o governo. Pelo menos é o que afirma o deputado Amarildo Cruz (PT). Minoria no Legislativo Estadual, o PT, diz, está coeso no posicionamento, ponderando que mesmo com o desembarque do PMDB, há peemedebistas que votarão contra o impeachment.

“Até o momento não foi apresentado nada contra Dilma que comprove que ela participou de corrupção”, pontuou, relembrando do processo contra Fernando Collor de Melo, que, diferente deste, havia comprovação da participação dele em esquemas irregulares, acrescenta. “O processo agora é mais político do que técnico”.

O PDT, que até então não havia se posicionado, anunciou há pouco que vai se manter na base do governo e votar contra o impeachment. Questionado, o deputado George Takimoto (PDT), disse que, embora a situação econômica esteja complicada, além de índices de segurança e saúde insatisfatórios, o partido chegará no domingo “coeso e com o mesmo voto”.

No domingo, a votação começa às 14 horas e deve seguir até às 21 horas. Líderes de cada partido poderão discursar, como forma de orientar suas bancadas sobre o voto. Depois, cada parlamentar terá 10 segundos para manifestar sua posição. Se o processo for aprovado na Câmara, a questão segue para análise do Senado.

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