Deputados devem criar comissão para investigar contas de energia
A exemplo da Câmara Municipal, comissão de investigação deve ser criada no lugar da CPI requerida por deputado
A exemplo da Câmara Municipal, a Assembleia Legislativa deve criar comissão especial para apurar denúncias contra a Energisa, em lugar de instaurar a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), como havia sido pedido por meio de requerimento.
O presidente da Assembleia Legislativa, Paulo Corrêa (PSDB) disse que esta é uma “sugestão intermediária, mais interessante”, e que já está sendo discutida pelas lideranças. Sendo formalizada, os blocos partidários serão convocados para indicar os cinco deputados integrantes da comissão.
Corrêa também explicou que, para abrir uma CPI, precisaria de fato determinado e que até o momento isso não está evidente. Em 2007, quando a comissão foi instaurada na Assembleia, o objeto era cobrança de tarifa abusiva feita pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) imposta aos consumidores de Mato Grosso do Sul. Naquele período, houve devolução de valores aos consumidores.
Visita – o vereador Vinícius Siqueira (DEM) foi à Assembleia Legislativa para prestar solidariedade aos deputados favoráveis à criação da CPI da Energisa.
Informado de que a tendência é a formação de comissão especial, disse que a Câmara Municipal irá colaborar com dados e o que for preciso, porém, ratificou ser favorável à CPI na Assembleia, por ter alcance estadual na apuração.
O requerimento havia sido apresentado pelo deputado Renan Contar (PSL), com assinatura de João Henrique Catan (PL), Evander Vendramini (PP), Antônio Vaz (Republicano), Lucas de Lima (SD) e Neno Razuk (PTB). Ainda restariam duas para consolidar a criação da CPI.
Ontem, o diretor-presidente da Energisa, Marcelo Vinhaes, reuniu-se com os 24 deputados para explicar os cálculos da cobrança da tarifa de energia. Segundo ele, “cada caso deve ser analisado de forma particular”.
“Nossa matriz de fonte de energia é hidráulica e está tendo um aumento devido ao custo elevado para gerar energia. Não está tendo sobra nos reservatórios”, justificou.
Ainda conforme Monteiro houve grande variação de consumo em setembro no Estado, devido às altas temperaturas. “Mato Grosso do Sul tem uma característica de ser um estado de grande amplitude térmica. Em meses de altas temperaturas, parece que surge um município do tamanho de Dourados”, comparou.
