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Política

Diretores da Caixa mantêm ligações estreitas com Uemura

Redação | 22/07/2009 08:39

Escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal durante a Operação Owari mostram que altos funcionários da Caixa Econômica Federal em Mato Grosso do Sul mantêm relacionamento estreito com membros da família Uemura, acusada de comandar uma organização criminosa de fraude em licitações e corrupção em Dourados, Ponta Porã e Naviraí.

As gravações feitas durante dois anos mostram conversas frequentes entre o atual superintendente da Caixa no Estado, Paulo Antunes de Siqueira, e Eduardo Takashi Uemura, filho de Sizuo Uemura e apontado pela PF como o principal articulador dos negócios ilícitos da organização com órgãos público, servidores e políticos. O gerente do banco em Dourados, José Zani Carrascosa, também é citado nas gravações.

No relatório sobre as investigações, o delegado Bráulio Cezar Galloni aponta tráfico de influência e "ilícito tributário" praticados por Paulo Antunes. Em conversa gravada no dia 27 de março deste ano, o superintendente da Caixa aparece negociando um terreno de sua propriedade com Eduardo Uemura. "Fica claro que Paulo vale-se de seus contatos a fim de obter vantagem, bem como pretende cometer ilícito tributário, pois pede a Dudu que passe o terreno por R$ 30 mil, que seria o valor que consta", afirma o delegado.

Paulo Antunes também é citado em conversas de Sizuo Uemura Filho, o Dinho, que orienta um contato a entrar com documentação através de Campo Grande para conseguir financiamento para compra de um apartamento. A PF não revela se algum funcionário da Caixa foi chamado a depor ou indiciado durante as investigações.

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