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Política

Em menos de 24 horas, polícia flagra terceiro crime eleitoral em Tacuru

Homem estava 'zanzando' pela cidade a procura de eleitores para comprar voto

Anahi Zurutuza | 04/06/2017 13:48

Entre o início da noite deste sábado (3) e o fim da manhã deste domingo (4), a força-tarefa formada pelas polícias Militar e Civil além de servidores da Justiça Eleitoral para acompanhar a eleição em Tacuru flagraram ao menos três crimes eleitorais. O terceiro caso aconteceu por volta das 12h30 de hoje.

Um homem foi preso por supostamente estar comprando votos para um dos candidatos a prefeito da cidade que fica 424 km de Campo Grande.

Conforme o boletim de ocorrência, durante o patrulhamento na cidade populares avisaram a equipe que Adailton de Oliveira, de 46 anos, estava “zanzando” pela cidade em busca de eleitores.

Um das pessoas que Adailton teria tentado corromper contou aos policiais e a um juiz eleitoral que o homem estava na casa dela, por volta das 10h, e lhe ofereceu “vantagem econômica” em troca do voto em um determinado candidato.

Adailton foi encontrado logo depois e detido em flagrante.

Outras ocorrências – Por volta das 20h deste sábado, a equipe abordou uma van que estaria trazendo eleitores do Paraná para votar neste domingo em Tacuru. O condutor do veículo, que estava parado em uma estrada na entrada da cidade, afirmou que havia sido contratado por Anatália Garcia.

De início, Anatália disse que havia contratado o transporte para parentes dela. A polícia checou e constatou que realmente dois passageiros eram da família da mulher. Mas, outro ocupante do veículo confessou que havia recebido dinheiro para votar.

O condutor da van, Anatália e os dois familiares dela foram detidos.

Também ontem, por volta das 18h30, funcionários da Carreta da Justiça, do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), o juiz eleitoral da cidade e policiais abordaram duas caminhonetes Toyota Hilux que estariam sendo usadas por equipes que compravam votos para um dos candidatos.

Um homem identificado como Claudinei Luiz Bucioli, de 46 anos, estava com um caderno de anotações de pagamentos para eleitores que colocaram adesivos em seus carros, receberam cestas básicas e a promessa de emprego na prefeitura, conforme o boletim de ocorrência. Ele foi detido.

Eleição – A eleição suplementar acontece hoje devido ao indeferimento do pedido de candidatura da chapa encabeçada por Claudio Rocha Barcelos, o Dr. Claudio (PR), justamente por captação ilícita de votos.

Claudio teve o registro negado, mas seguiu no pleito, pois tinha recurso em tramitação. Porém, decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) depois das eleições, realizadas em outubro do ano passado, tornou definitivo o indeferimento.

Com isso, os votos foram anulados, sendo marcada uma nova eleição.

Em janeiro deste ano, a prefeitura de Tacuru foi assumida pelo vereador Paulo Mello (PP), que era presidente da Câmara Municipal.

Agora, concorrem ao cargo o próprio Paulo Mello e ex-vereador Carlos Pelegrini (PMDB), que perdeu a disputa para Claudio em outubro de 2016.

A votação transcorre com tranquilidade nesta manhã, segundo o chefe do cartório da 25ª Zona Eleitoral de Mato Grosso do Sul, Romeu Soares da Costa Filiú. Nenhum ocorrência foi registrada até às 10h de hoje.

A estimativa dos funcionários da Justiça Eleitoral é que até às 18h a apuração dos votos esteja concluída.

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