Ex-primeira-dama passa duas horas no Gaeco e volta para a prisão
Após passar duas horas no Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), a ex-primeira-dama Andréia Olarte deixou o local, no Parque dos Poderes, e retornou para a prisão. Ela chegou às 8h20 e saiu às 10h35. Presa desde segunda-feira (dia 15), Andréia tinha depoimento agendado às 9h de hoje.
Também nesta sexta-feira (dia 19), Higor Nunes, filho da ex-primeira-dama, foi ouvido pelos promotores como testemunha. Antes do depoimento de Andréia, o advogado Jail Azambuja afirmou que ela negaria as acusações do MPE (Ministério Público do Estado) e que não houve lavagem de dinheiro.
A operação Pecúnia também prendeu o prefeito afastado de Campo Grande, Gilmar Olarte (Pros). Caso não tenha prorrogação da prisão temporária, válida por cinco dias, a expectativa da defesa é que eles saim a partir de meia-noite.
As investigações começaram a partir dos dados obtidos com a quebra do sigilo bancário de Andréia Olarte e de sua empresa, denominada Casa da Esteticista.
Ainda segundo a operação, entre 2014 e 2015, enquanto Olarte ocupava o cargo de prefeito, Andréia adquiriu vários imóveis na Capital. Os bens totalizaram R$ 3,6 milhões, com preferência por imóveis em condomínios de luxo.
Alguns bens ficaram em em nome de terceiros, com pagamentos iniciais em elevadas quantias (dinheiro, transferências bancárias e depósitos). Conforme a investigação, a princípio, os bens são incompatíveis com a renda do casal.
Também foram presos o empresário Evandro Simões Farinell e o corretor Ivamil Rodrigues de Almeida. Ivamil é apontado como braço direito do casal nas aquisições imobiliárias fraudulentas e Evandro Farinelli é suspeito de ceder o nome para que as aquisições fossem feitas. Pecúnia é uma palavra feminina que significa dinheiro.
