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Política

Mandetta vai escrever livro pós-coronavírus e diz não ter plano político

Ex-ministro afirma que além de publicação, vai ficar neste momento com a família em fazenda

Leonardo Rocha | 21/04/2020 09:47
Ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, na Esplanada Ferroviária (Foto: Kisie Ainoã)
Ex-ministro Luiz Henrique Mandetta, na Esplanada Ferroviária (Foto: Kisie Ainoã)

Depois da turbulência que viveu nos últimos meses, o ex-ministro Luiz Henrique Mandetta revelou que vai escrever um livro sobre as perspectivas do futuro após a pandemia do coronavírus e que por enquanto não tem definições sobre seu futuro profissional e político.

“Não decidi nada sobre o futuro, tudo que sair será somente especulação. O que posso adiantar é que vou escrever um livro, mas não se trata de fofoca ou bastidores do Ministério (Saúde) e sim o futuro após coronavírus, a última vez que discutimos quarentena, por exemplo, foi em 1917”, disse ele, em entrevista ao Campo Grande News.

O ex-ministro foi especulado para assumir cargos em governo estaduais, inclusive em São Paulo, com o governador João Dória, assim como ter um cargo na direção nacional do Democratas, que estaria preparando o cenário político ideal para ele daqui dois anos. Outra possibilidade seria no Conas (Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde).

Sobre o cenário político nacional e nem as últimas ações do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o ex-ministro preferiu não comentar ao dizer que o momento não é de gerar polêmicas em torno das atitudes no Palácio do Planalto.

Ele retornou a Campo Grande e negou a intenção de mudar de domicílio eleitoral. Voltou de carro, dirigindo, ao lado da esposa Terezinha.

O ex-ministro disse que agora a prioridade ir para fazenda encontrar os pais. Helio Mandetta de, 89, e dona Olga, de 83, mas garantiu que só quer conversar com os dois "sem tocar neles". Depois, avisa que voltará para Brasilía.

Ele foi demitido do cargo de ministro no dia 16 de abril, após divergências com o presidente Jair Bolsonaro.

Logo que saiu, um vídeo viralizou, mostrando contato físico com vários colegas. Mas Mandetta admitiu que fez mal.  "Todo mundo queria me abraçar. Os funcionários choravam, foi uma comoção. Escolhemos uma delas para me dar o abraço em nome de todos. Mas tá errado. Totalmente errado. Pode me dar um pito”, disse em entrevista ao Jornal Folha de São Paulo.

Sobre  a polêmica do isolamento social, Mandetta avaliou que  "só quem está gritando é a Casa Grande, que vê o dinheiro do engenho cair. A Casa Grande arrumou o quarto dela, a despensa está cheia. Tem o seu próprio hospital. O indígena: quando tem uma doença, eles vazam para o meio do mato porque sabem que o contágio é devastador. A nossa herança negra registra que é preciso trabalhar —mas exige segurança. Está criando mecanismos para se cuidar".

Mas apesar de dizer que não tem planos políticos, apontou para a necessidade de uma alternativa à polarização. " O que a gente percebe é que há dois extremos que estão se esgotando. Há os que defendem cegamente o Lula. E há os de direita, que acreditam que tudo é uma conspiração para acabar com o Bolsonaro. Há condições para um diálogo de reconstrução nacional"

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