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Política

Mensalão terá julgamento imparcial, diz presidente da Associação dos Magistrados

Fabiano Arruda | 01/08/2012 16:48
Presidente da AMB, Henrique Nelson Calandra, concede entrevista na Assembleia Legislativa nesta manhã. (Foto: Divulgação)
Presidente da AMB, Henrique Nelson Calandra, concede entrevista na Assembleia Legislativa nesta manhã. (Foto: Divulgação)

O presidente da AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), Henrique Nelson Calandra, disse, durante entrevista na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira, acreditar que o julgamento do Mensalão, que começa amanhã, será feito com imparcialidade, independência e técnica.

“Um processo criminal não pode ser julgado com base em manchete de jornal. É preciso consistência de prova para o juiz condenar alguém, o que é garantia de todo cidadão”, afirmou o presidente da entidade que representa 15 mil juízes.

Calandra, que é desembargador do TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo), fez questão de enaltecer a importância das provas num processo como esse que tem 260 mil páginas.

“Não adianta dizer que a pessoa matou sem mostrar o cadáver. Não adianta dizer que ela é desonesta sem provar que ela recebeu indevidamente. Tudo isto será julgado pelo STF (Supremo Tribunal Federal)”, ilustrou.

Dias Toffoli - O presidente da AMB também comentou sobre o fato do ministro José Antônio Dias Toffoli participar do julgamento e ter ligações com o PT.

À época do escândalo, em 2005, Toffoli era subchefe para assuntos jurídicos da Casa Civil, comandada por José Dirceu, réu no processo.

Para Calandra, as causas de impedimento e suspeição estão descritas em lei e para afastá-lo do processo não bastam “achismos”.

“Se houve algum movimento de impedimento com certeza ele se afastará, mas não vejo a evidência destes móvitos. É um magistrado (Toffoli) extremamente honesto e o conheço desde quando era aluno na USP”, comentou.

Para embasar sua opinião, ele lembrou que, no passado, foi revolucionário. “Alguém poderia pensar que eu irei julgar todos que faziam parte da direita. Quando nos tornamos juízes todo o nosso passado fica para trás”.

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