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Política

MPE é acionado a avaliar reajuste da tarifa do ônibus

Redação | 26/02/2009 12:55

O deputado Pedro Kemp (PT) protocolou hoje representação no MPE (Ministério Público Estadual) com o objetivo de analisar a legalidade do reajuste na tarifa do transporte coletivo de Campo Grande.

Ele ocupou nesta manhã a tribuna da Assembléia Legislativa para tratar do assunto e destacou que Campo Grande passará a ter a tarifa de transporte coletivo mais cara do País a partir deste domingo.

O valor terá reajuste de 9,5% para quem usa o cartão, passando de R$ 2,10 para R$ 2,30, e de 8,8% para quem paga em dinheiro, (de R$ 2,30 para R$ 2,50).

O parlamentar ressaltou que o prefeito da Capital, Nelsinho Trad (PMDB), fez o anúncio do reajuste na véspera do Carnaval, o que ele classificou como "manobra".

"O prefeito recorreu à velha manobra de usar um feriado prolongado para anunciar uma medida impopular. Aproveitou um momento em que todos estavam despreocupados, se divertindo, para reajustar a tarifa sem discutir com a sociedade. O aumento onerará ainda mais as empresas e a classe trabalhadora", enfatizou o deputado em contato com o Campo Grande News.

Com o reajuste, o preço da tarifa em Campo Grande vai superar valores cobrados em grandes capitais, como São Paulo (R$ 2,30), Brasília (R$ 2,10) e Curitiba (R$ 2,20).

Em relação a Cuiabá (MT), que disputa com Campo Grande para ser subsede dos jogos da Copa do Mundo de 2014, o valor será 21% mais caro. Os cuiabanos pagam R$ 2,05 pelo transporte coletivo.

Segundo Kemp, seu objetivo com a representação é provocar o Ministério Público a investigar e trazer à tona as planilhas das empresas que operam o transporte coletivo na Capital.

"Considero o aumento abusivo e vou provocar o Ministério Público para que ele investigue este reajuste. Acho que não tem razão para isso, a prefeitura de Campo Grande deveria estar criando alternativas e contribuindo para amenizar a crise, e não aumentando a passagem de ônibus", protestou.

Kemp observou que o reajuste é injustificável, até porque as empresas estão gastando menos com o pagamento de funcionários com a extinção da função do cobrador.

O deputado também questiona a falta de licitação para a renovação do contrato das empresas que atuam no transporte coletivo em Campo Grande.

Crise e impostos

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