Operadoras prestam contas à Assembleia sobre investimentos em MS
Foi realizado na tarde desta terça-feira (6) a última reunião de prestação de contas sobre investimentos e serviços das operadoras de telefonia celular que atuam em Mato Grosso do Sul, realizada à Assembleia Legislativa em TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) acordada na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Telefonia.
Claro, Oi, Tim e Vivo enviaram representantes para o encontro e concordaram, mesmo com o fim dos trabalhos da CPI e cumprimento integral do termo de ajustamento, seguir repassando informações aos deputados estaduais em mais duas reuniões programadas para 2017, conforme proposta da parlamentar Mara Caseiro (PSDB).
A intenção é que seja dado continuidade ao acompanhamento dos atendimentos e aplicação de recursos das operadoras em estrutura no Estado, oferecendo melhores serviços à população que aderir ao planos comercializados.
Também participaram da reunião o deputado estadual Marquinhos Trad (PSD), que foi presidente da CPI da Telefonia, a defensora pública Jane Inês Dietrich e a gerente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), Vera Lúcia Sieburger.
Investimentos - Hoje, a Claro informou que possivelmente dobrará o serviço de internet 4G em Mato Grosso do Sul até o início de 2017, presente atualmente em seis cidades. Já o sinal 3G é oferecido em 29 municípios e a operadora somou R$ 15,5 milhões em investimento neste ano.
Já a Vivo, que herdou a estrutura da Telems Celular, opera com o 3G em 48 municípios e só possui serviço 4G em três deles. Entretanto, a empresa também diz ter projetos para ampliar a abrangência em curto prazo. Em 2016, o investimento no Estado foi de R$ 45 milhões, principalmente na qualidade do sinal.
A TIM afirma ter investido R$ 13,6 milhões em 2016 e ressaltou sua pretensão de ampliar seu alcance, com a implantação do sistema 4G em oito municípios até o fim deste ano, enquanto a Oi indica investimentos de R$ 45 milhões este ano, focando também serviços integrados de telefonia fixa, celular e internet.
Reclamações - Para a superintendente do Procon, Rosemeire Cecília da Costa, a CPI refletiu positivamente nos números apresentados pelas operadoras. Mesmo assim, alguns problemas seguem persistentes, como o atendimento dos clientes de telefonia fixa da Oi e o pós venda dos planos empresariais da Vivo.
Mara Caseiro também questionou a Vivo sobre a interferência nas ligações na região de fronteira. Os técnicos da operadora responderam que há um grupo de trabalho misto com concessionárias do Paraguai trabalhando por essa melhoria.
Ela também questionou a Vivo sobre a crescente reclamação dos usuários a respeito do limite de dados, que tem terminado antes do tempo mesmo com a mesma frequência de uso. A operadora ficou de responder posteriormente a demanda. Outra reclamação sobre a Vivo é a má qualidade do sinal no município de Bonito, que recebe milhares de turistas por ano.
Além disso, em 2015, a Vivo se comprometeu a instalar equipamentos sustentáveis no Parque dos Poderes para melhorar o sinal na região, entretanto não cumpriu o prometido, dizendo ainda não ter previsão de quando a ação será executada.
Já no que se refere ao social, Mara Caseiro aproveitou a presença de todas as operadoras de celular para solicitar que as ligações para o número 141 possam ser gratuitas a partir de agora. A linha é do projeto GAV (Grupo Amor a Vida), que trabalha voluntariamente com prevenção ao suicídio.
