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Política

Prefeito volta a fazer reclamações sobre vereadores e se diz “refém”

Paula Maciulevicius e Luciana Brazil | 07/01/2013 10:20
Na Secretaria de Assistência Social, a afirmação de Bernal, sobre ser feito refém, vai contra a tentativa de reaproximação dele com a Câmara. (Foto: Luciano Muta)
Na Secretaria de Assistência Social, a afirmação de Bernal, sobre ser feito refém, vai contra a tentativa de reaproximação dele com a Câmara. (Foto: Luciano Muta)

O prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), voltou a reclamar dos vereadores nesta manhã, acrescentando mais um ingrediente a relação com os vereadores que começou tumultuada. Ele afirmou na manhã desta segunda-feira, enquanto apresentava a vereadora Thaís Helena (PT) aos funcionários da Secretaria Municipal de Assistência Social, onde foi nomeada titular, que a redução da autonomia sobre o orçamento, votada pelos vereadores em 2012, o deixou "refém" da Câmara.

“Engessaram e transformaram a administração em refém, mas isso não será suficiente para impedir o trabalho”, reclamou. A afirmação de Bernal vai contra a tentativa de reaproximação dele com a Câmara, onde já acumula derrotas. Além da redução da autonomia sobre o orçamento, os vereadores votaram pelo congelamento do IPTU e colocaram Mário César como presidente da Mesa Diretora. A candidata do prefeito, Rose Modesto (PSBD), perdeu por uma diferença de 11 votos.

A emenda que provocou a reclamação do prefeito mudou o critério de suplementação e reduziu de 30% para 5% a abertura de créditos adicionais a serem utilizados pela Prefeitura sem que as transações financeiras passem pelo crivo da Câmara Municipal.

Ainda sobre o assunto, Bernal disse que os vereadores têm de representar "a vontade do povo'.

Na Secretaria de Assistência Social, Alcides Bernal aproveitou para falar sobre a situação do prédio que abriga os vereadores e que já tem uma solução. “É vergonhoso o fato do PMDB, de gestores e prefeitos, terem deixado chegar ao ponto em que chegou”.

O anúncio foi feito sem mais detalhes. O prefeito se restringiu a dizer que já conversou com a maioria dos vereadores, mas não disse se a mudança está prevista no orçamento.

O prédio da Câmara Municipal, na avenida Ricardo Brandão, é objeto de uma disputa judicial e os vereadores podem ser despejados do local. O imóvel alugado tinha o valor mensal de R$ 35 mil, o que foi considerado abusivo pelo MPE (Ministério Público Estadual) e em 2001 uma liminar reduziu o pagamento para R$ 15 mil.

O contrato acabou em 2005 e desde então o aluguel não foi pago. A construtora proprietária recorreu e obteve aval para receber R$ 7 milhões pelos anos em que a Câmara não fez os depósitos pela locação. O argumento foi de que o contrato teve renovação automática.

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