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Política

Produtos que continuam com tarifaço serão foco de negociação, diz Tereza

Carne segue com sobretaxa de 50% de imposto para os Estados Unidos; medida entra em vigor no dia 6 de agosto

Por Fernanda Palheta | 31/07/2025 08:12
Produtos que continuam com tarifaço serão foco de negociação, diz Tereza
Senadores em missão oficial negociações do tarifaço em Washington durante coletiva nesta quarta-feira (30) (Foto: Divulgação)

Apesar de quase 700 produtos ficarem de fora do “tarifaço” de 50% de imposto aos produtos brasileiros, a atuação dos senadores que foram aos Estados Unidos em missão oficial para somar esforços na negociação continua. A senadora sul-mato-grossense, Tereza Cristina (PP), aponta que o foco, na nova etapa, serão os produtos que seguem com a sobretaxa, como carne bovina, café, pescados, frutas e etanol.

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A senadora Tereza Cristina (PP) destacou que a nova fase de negociações se concentrará em produtos que ainda enfrentam a sobretaxa de 50%, como carne bovina, café e etanol. Apesar de 700 itens terem sido excluídos do "tarifaço", a senadora acredita que o trabalho já está gerando resultados positivos e que é necessário continuar a luta por produtos essenciais à economia. A carne bovina, que representa 45,2% das exportações de Mato Grosso do Sul para os Estados Unidos, é vista como a principal preocupação do setor. As exportações de carne bovina para os EUA aumentaram 11,4% no primeiro semestre de 2024. Tereza também mencionou a importância de fortalecer relações com parlamentares americanos e planeja um relatório público sobre as negociações.

“É uma notícia positiva, nosso trabalho já começou a valer a pena, mas ainda precisamos continuar trabalhando pelos produtos que ficaram de fora e que são muito importantes para a nossa economia. Vamos acompanhar essa taxação de 50%, agora marcada para o dia 6 de agosto, e temos de analisar com calma a lista de exceção da nossa pauta de exportação. Nós vamos ter muito tempo ainda de negociação”, disse durante a viagem de volta ao Brasil nesta quarta-feira (30).

A manutenção da tarifa para a carne bovina, responsável por 45,2% das exportações sul-mato-grossenses para os EUA, é considerada o principal impacto negativo para o setor produtivo local. Entre janeiro e junho, as exportações de carne bovina de Mato Grosso do Sul para os Estados Unidos somaram US$ 315,5 milhões, um avanço de 11,4% em relação ao mesmo período de 2024. Outros itens que continuarão sujeitos à taxação de 50% incluem sebo bovino (9,4% das vendas), carnes salgadas (2,5%), filés de tilápia, óleos animais e carnes desossadas.

De acordo com o setor, a expectativa agora é que a carne volte a ganhar fôlego no mercado interno, o que pode levar à queda de preços tanto no varejo quanto para o boi gordo, especialmente em tempos de estiagem e aumento da oferta.

Estão na lista de exceções do tarifaço suco e polpa de laranja, castanhas, celulose, fertilizantes químicos, polpa de madeira, aeronaves, produtos derivados de petróleo, aço, ferro, alumínio, minério de ferro, mica, veículos.

De acordo com dados da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), a celulose e o ferro-gusa representam, juntos, 36,6% das exportações do Estado para os Estados Unidos em 2025. De janeiro a junho, as vendas totais somaram US$ 315 milhões, sendo US$ 74,8 milhões em pastas químicas de madeira (23,7% do total) e US$ 40,5 milhões em ferro-gusa (12,9%).

“O que nós vamos fazer? Azeitar ainda mais as relações com os parlamentares republicanos e democratas. Falamos com oito, nove, e obtivemos apoio. Fizemos um convite para que eles possam ir ao Brasil”, relatou. “Vamos voltar para o Brasil e fazer a vistoria de casa, conversar com quem temos de conversar. Vai ter um relatório dessa comissão, esse relatório será público, vai ser amplamente divulgado e aí nós vamos poder conversar com vários setores, com os três Poderes, inclusive com o Executivo”, avaliou Tereza.

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