ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 22º

Política

Projeto dos sonhos do ministro Moro depende da senadora Simone Tebet

Amanhã será realizada no Senado audiência pública sobre o projeto com a presença do ministro da Justiça

Rosana Siqueira | 03/12/2019 17:05
Senadora Simone Tebet durante reunião da CCJ. (Foto: Agência Estado)
Senadora Simone Tebet durante reunião da CCJ. (Foto: Agência Estado)

O andamento ágil no Senado do projeto dos sonhos do ministro de Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, sobre a prisão em segunda instância, depende da presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), senadora Simone Tebet (MDB-MS).

A sul-mato-grossense é figura emblemática nesta discussão e tem se mostrado bastante cautelosa com os procedimentos e ritos até liberar a proposta para votação em plenário. Já o ministro tem repetido publicamente que vai tentar convencer o Congresso a aprovar a medida ainda este ano, "pela importância da matéria no combate à corrupção".

Simone tem informado via Twitter que seguirá à risca e com calma a tramitação do Projeto de Lei. A senadora não abriu mão, por exemplo, de audiência pública amanhã, com a participação do ministro, para detalhamento da proposta. Mas a pressão é grande para que ela preserve a matéria na pauta da CCJ nesta quarta-feira, como previsto, para aprovação ou rejeição. 

Caberá ao colegiado decidir se na sequência o parecer sobre a proposta entrará ou não em votação, amanhã mesmo na CCJ. O assunto não é pacífico, os contrários acham que a medida dá poderes excessivos a juízes e procuradores para processar e julgar figuras públicas, incluindo políticos.

Uma proposta tramita na Câmara e outra no Senado. Tebet sugeriu, inclusive, que os deputados apresentem um cronograma de tramitação dessa proposta para que o Senado decida se abandona o projeto próprio para apoiar o dos deputados. Sem isso, ela seguirá com os trabalhos pelo projeto idealizado pelos senadores.

“Abrir mão do direito de legislar sobre a 2° Instância, sem conhecer o calendário da PEC da Câmara, seria violar a autonomia e a independência do Senado”, publicou em sua conta no Twitter.

Defesa - Hoje o ministro deu inúmeras declarações afirmando ser contra deixar para o ano de 2020 a discussão sobre a prisão em segunda instância. Esse é o cenário mais provável no momento no Congresso, na medida em que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), está costurando um acordo com líderes para aguardar a tramitação de uma proposta de emenda constitucional sobre o mesmo assunto na Câmara dos Deputados.

Na primeira manifestação contrária a esse acordo, Moro reafirmou que não é necessária PEC, e sim, projeto de lei, para promover a mudança, por meio da alteração do Código do Processo Penal.

"Eu gostaria de ver isso aprovado o quanto antes. Se for possível aprovar por um projeto de lei nesse ano, no Senado ou na Câmara, um tanto melhor. Por que a gente tem de esperar o ano que vem?", indagou em Moro, em entrevista à Rádio Jornal do Commercio de Caruaru.

Nos siga no Google Notícias