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Política

André diz que foi chamado para conversar sobre indicado para chefiar Dnit

Wendell Reis | 10/02/2012 14:12

Governador afirma que indicação de José Luiz Viana não é política

Puccinelli afirma que Viana foi recomendado pelo Dnit e ministério do Transporte
Puccinelli afirma que Viana foi recomendado pelo Dnit e ministério do Transporte

O governador André Puccinelli (PMDB) negou ao Campo Grande News na manhã desta sexta-feira (10) que tenha algum envolvimento com o servidor cotado para assumir o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) em Mato Grosso do Sul, José Luiz Viana.

Puccinelli afirma que não marcou reunião secreta com Viana e que foi convidado pelo diretor-geral do Dnit, general Jorge Fraxe, para falar sobre a indicação ao órgão no Estado. “É bom que seja retratado bem. Fomos chamados pelo general, que disse: O nome que o Ministério vai anunciar é este. Vocês convalidam? Quer dizer que não temos nem direito de dizer?”.

O governador nega que conheça “Zeca”, como é chamado Viana”, e afirma que as declarações sobre influência não são verdadeiras: “É mentira de petista reunião com Viana. Nem conheço o Zeca. Este tal de José Luiz. Nós reunimos com o general Fraxe e ele disse: você concorda? Concordamos com o senhor. Vamos dar um voto de confiança ao senhor e ao ministro. Estão apresentando um nome de carreira. Nem conheço. O senhor pode nos apresentar? É um cara de carreira”.

Segundo Puccinelli, Fraxe ainda se divertiu com os comentários de que o indicado também era filho de general: “Ele até brincou: Não é meu filho. Disseram que é filho de general. Pedi, o senhor nos apresenta ele um dia que não os conhecemos. O general disse. Este é um nome de carreira no Ministério, que o ministro e eu estamos apresentando. Vamos parar com mentirada”.

Na tarde de ontem (9), ao saber da suposta reunião entre Viana e a bancada de Puccinelli, o senador Delcídio Amaral (PT) e os deputados Antônio Carlos Biffi (PT) e Vander Loubet (PT) foram até Fraxe para denunciar o possível envolvimento político de Viana com o grupo do governador. Vander explica que o diretor-geral ficou indignado, pois a reunião fere a autoridade dele, já que Viana nem se quer foi nomeado. “Eu não referendo. É um desrespeito com o general. Antes de ser nomeado ele já se reuniu com o governador”, disse Vander ontem.

O deputado Fábio Trad (PMDB) explicou que a indicação de Viana não tem qualquer envolvimento político, já que ele é indicado pelo próprio diretor-geral. Ele alega que Viana se prontificou a conversar com a bancada federal depois que o governador e os deputados do Estado disseram a Fraxe que não o conheciam.

O caso - A cúpula do Dnit foi punida com demissão em processo administrativo disciplinar no dia 2 de janeiro. Na ocasião, foram demitidos o superintendente, Marcelo Miranda, o chefe do Serviço de Engenharia, Guilherme Alcântara de Carvalho, e Carlos Roberto Milhorim, chefe do Dnit em Dourados.

O engenheiro Carlos Antônio Marcos Pascoal era o indicado da bancada federal de Mato Grosso do Sul para o cargo, mas sua posse foi suspensa depois que o Campo Grande News divulgou que ele passou por investigação no TCU (Tribunal de Contas da União). Pascoal é investigado por irregularidades em três contratos de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) na BR-163, na divisa de Mato Grosso com o Pará. A investigação envolve recursos de R$ 500 milhões. O Dnit está sob o comando interino do engenheiro Antônio Carlos Nogueira, número dois na hierarquia do órgão, desde a demissão de Marcelo Miranda, no início de janeiro.

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