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Política

Quadro eleitoral para a disputa do Senado ainda está indefinido em MS

Zemil Rocha | 17/08/2013 11:21
Simone teve o nome lançado para o Senado esta semana (Foto: Marcos Ermínio)
Simone teve o nome lançado para o Senado esta semana (Foto: Marcos Ermínio)

O quadro eleitoral para o Senado em 2014 ainda está bastante indefinido em Mato Grosso do Sul e depende umbilicalmente das decisões que forem tomadas pelos partidos na disputa pelo governo do Estado. Em geral, na busca de alianças, os partidos que lançam candidato a governador deixam as vagas de vice e senador abertas para negociação com outras legendas. No cenário estadual a tendência é que PT, PMDB e PSDB lancem os candidatos mais fortes à sucessão de André Puccinelli.

Nesta semana surgiu a primeira luz na disputa pelo Senado, com o anuncio do governador André Puccinelli de que apoiará sua vice, Simone Tebet, para concorrer à vaga. Trata-se, portanto, de uma composição atípica de “chapa própria” do PMDB, já que André também lançou o ex-prefeito e atual secretário de Articulação com os Municípios, Nelsinho Trad, para governador.

Pela ordem natural das coisas, se isso for possível em política, ao PSDB caberia naturalmente a vaga do Senado, já que é a terceira força eleitoral de Mato Grosso do Sul e ocupa uma das três vagas senatoriais do Estado há quase 16 anos, desde a eleição do finado Lúdio Coelho. Mas os tucanos cogitam agora a possibilidade de também disputar, com Reinaldo Azambuja, o governo estadual.

Nos meios políticos, porém, há um clima de incerteza sobre a candidatura de Azambuja a governador, pois muitos interlocutores acham mais provável que ele dispute vaga do Senado, numa composição eleitoral com PT ou PMDB, esta última mais complicada pelo fato de haver o nome de Simone Tebet para representar os peemedebistas na eleição senatorial.

“Acho que dependendo de composição, Simone é candidata forte, mas considero que o Reinaldo se for candidato a senador pode ser uma opção com muita força”, opinou o deputado estadual Antônio Carlos Arroyo, primeiro-secretário da Assembleia Legislativa do Estado.

Outro nome que pode despontar para a disputa da vaga do Senado é a do prefeito de Dourados, Murilo Zauith, que é presidente regional do PSB. Zauith tem sido muito assediado pelo PMDB, com direito a homenagem especial do governador André Puccinelli no lançamento do pacote de obras “MS Forte-2” na última quinta-feira. O PT também está de olho no PSB, com o senador Delcídio do Amaral mantendo diálogo freqüente com Murilo. Na reeleição para a Prefeitura de Dourados, no ano passado, ele contou tanto com apoio do PT quanto do PMDB.

Com oito prefeitos e 130 mil votos para o parlamento estadual na última eleição, o PR também teria cacife político para apontar um candidato a senador em composição com PT ou PMDB. O que falta é interessado nessa vaga. O presidente regional do PR, deputado estadual Londres Machado, já deixou claro que pretende continuar na Assembleia Legislativa. Os outros dois deputados estaduais da legenda, Antônio Carlos Arroyo e Paulo Corrêa, também não demonstram interesse em concorrer ao Senado.

Já o PDT possui quadros políticos com envergadura para disputar vaga do Senado, como o seu presidente estadual, João Leite Schimidt, e o recém-filiado ex-senador Valter Pereira, mas tem como prioridade a eleição de Dagoberto Nogueira Filho para a Câmara Federal. Hoje, Shimidt declarou ao Campo Grande News que o PT não tem nem mesmo uma tendência de apoio a candidato a governador. “O PDT tem de avaliar. Não tomamos posição nenhuma ainda”, afirmou.

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