Réus de plano golpista com atuação em MS prestam depoimento ao STF
Coronel e tenente-coronel estão na lista dos interrogados da última fase do processo penal

Dois militares com histórico em Mato Grosso do Sul, réus do processo penal sobre a tentativa de golpe de Estado, serão interrogados a partir de hoje, no STF (Supremo Tribunal Federal). Eles fazem parte do núcleo 3, responsáveis pelas “ações de campo” e serão os últimos interrogados.
RESUMO
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Dois militares com histórico em Mato Grosso do Sul, o coronel Bernando Romão Corrêa Netto e o tenente coronel Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, serão interrogados no Supremo Tribunal Federal por participação em tentativa de golpe de Estado. Eles integram grupo de dez militares acusados de planejar ruptura institucional. Os réus respondem por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa armada. O grupo é acusado de articular ações contra o sistema eleitoral e planejar assassinato de autoridades. Os interrogatórios serão realizados por videoconferência, sob condução do ministro Alexandre de Moraes.
O grupo é composto por dez militares de alta patente acusados de atacar o sistema eleitoral e articular ações que criaram as condições para a ruptura institucional, entre elas, um plano para assassinar autoridades que pudessem resistir ao golpe.
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No grupo, estão o coronel Bernardo Romão Corrêa Netto, que comandou o “Regimento Antônio João”, em Bela Vista, e o tenente coronel Sérgio Ricardo Cavalieri de Medeiros, lotado no CMO (Comando Militar do Oeste), em Campo Grande.
Os outros são os coronéis Fabrício Moreira de Bastos e Márcio Nunes de Resende Jr., os tenentes-coronéis Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira, Rodrigo Bezerra de Azevedo e Ronald Ferreira de Araújo Junior, além do agente da Polícia Federal Wladimir Matos Soares e do general da reserva Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira.
A fase atual do processo sucede à oitiva das testemunhas de defesa e acusação, encerrada na última quarta-feira (23). Os interrogatórios serão realizados por videoconferência, em ordem alfabética, sob a condução de juízes auxiliares do gabinete do relator, ministro Alexandre de Moraes. A audiência será transmitida ao vivo pelo canal oficial do STF no YouTube.
Os réus do Núcleo 3 respondem por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado por violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, além de deterioração de bem tombado.
Se o relator do caso não determinar novas diligências, declarará encerrada a fase de instrução. Em seguida, será aberto prazo para que a PGR apresente suas alegações finais e depois para as defesas se manifestarem. Concluída essa etapa, caberá ao STF analisar e julgar o caso. Após a decisão, poderão ser apresentados recursos internos, como embargos de declaração, mas não há recurso para outra instância.
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