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Política

Revisor segue relator e vota pela condenação do ex-presidente Lula

Marta Ferreira | 24/01/2018 15:31
O desembargador Leandro Paulsen durante a leitura do voto nesta tarde. (Foto: Agência Brasil)
O desembargador Leandro Paulsen durante a leitura do voto nesta tarde. (Foto: Agência Brasil)

O desembargador Leandro Paulsen seguiu o relator Gebran Neto e rejeitou o recurso da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no julgamento que está sendo realizado nesta quarta-feira (24), em Porto Alegre. Com isso, a condenação atinge 2 votos contrários ao ex-presidente.
Falta ainda o voto do desembargador Victor Laus. Só depois disso é que se saberá se a sentença do juiz Sérgio Moro será confirmada e qual a pena definida para Lula. 

Se o terceiro juiz votar favoravelmente a Lula, ele poderá recorrer da sentença. Caso contrário, não terá essa possibilidade. Na fala de Paulsen, o desembargador usou parte considerável do tempo para defender a operação Lava Jato. Ao argumentar no mesmo sentido do voto do relator, afirmou que o “o triplex "torna evidente que (o presidente) sabia da conta de propinas e dela fazia uso", conclui. Para ele, Lula foi "beneficiário direto de parte da propina destinada ao PT”.

Na visão do desembargador, Lula agiu "pessoalmente", "forte na condição de presidente da República". Ele prossegue afirmando que "são os diretores por ele sustentados que praticaram os crimes, facilitando as contratações das empresas participantes do cartel".

Ainda de acordo com o argumento apresentado por Paulsen, as investigações apontam para um 'inequívoco” nexo entre a conduta' do ex-presidente Lula e 'os crimes praticados' na Petrobrás.
Paulsen negou pedido do MPF e manteve uma condenação por corrupção e uma por lavagem de dinheiro a Lula.

O voto do relator – A posição de Paulsen foi na mesma direção do voto do desembargador João Pedro Gebran Neto, relator do “caso triplex”. No parecer, Gebran Neto defende que a pena fixada pelo juiz Sérgio Moro seja aumentada de 9 anos e 6 meses para 12 anos de reclusão.

Para o relator, Lula foi “um dos articuladores, senão o principal” do esquema de corrupção na Petrobras descoberto na Operação Lava Jato. Ainda segundo Gebran, há provas de que, “se não participava, Lula ao menos tinha conhecimento do esquema”.

O voto de Gebran tem 430 páginas. O desembargador começou a lê-lo por volta das 9h30 (no horário de Mato Grosso do Sul) e agora, por volta das 13h, os magistrados decidiram fazer um intervalo.

Considerando um dos julgamentos históricos de políticos no Brasil, a decisão da 8ª Turma do TRF (Tribunal Regional Federal) da 4ª Região se refere aos recursos da defesa de Lula contra a sentença de 1º grau. Sério Moro condenou o ex-presidente por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no valor de R$ 2,2 milhões.

(Com informações da Agência Brasil)

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