ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  25    CAMPO GRANDE 31º

Política

Sem reforma, Câmara diz que já corta gastos e reduz comissionados

Presidente também afirma que concurso é principal mudança em 2017

Mayara Bueno e Richelieu de Carlo | 17/02/2017 10:31
Presidente da Câmara, vereador João Rocha (PSDB). (Foto: Richelieu de Carlo/Arquivo)
Presidente da Câmara, vereador João Rocha (PSDB). (Foto: Richelieu de Carlo/Arquivo)

Sem previsão de uma reforma administrativa, a exemplo do que fazem o governo do Estado, Prefeitura de Campo Grande e Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, a Câmara Municipal afirma que já tem cortado gastos e procurado fazer economia.

A avaliação é do presidente da casa de leis, vereador João Rocha (PSDB), que coloca o concurso público, que deve ocorrer este ano, como a principal mudança. O certame foi pedido do MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul), que identificou grande quantidade de funcionários comissionados, aqueles que não fazem concurso para entrar no Poder Público.

Também solicitou a demissão de parte dos comissionados. Este ponto, o Legislativo Municipal ainda não menciona, afirmando que esta fase é posterior à realização do concurso.

Sem dar detalhes, Rocha afirmou apenas que a casa de leis não pretende fazer reforma administrativa, mas que já tem investido em corte de gastos “de outras formas”, além do trabalho de economia já feito anteriormente. “Não é só comissionado que gera despesa”, disse, afirmando que a Câmara já reduziu número de servidores.

Comentou sobre a devolução de parte do duodécimo – dinheiro recebido da prefeitura para custear os gastos – que acontece todo ano. No fim de 2016, o Legislativo Municipal devolveu R$ 6 milhões. “Devolução é uma demonstração de contenção de gastos. Poderíamos gastar tudo, mas sempre sobram valores para ser devolvidos para o Executivo”.

Concurso - Alvo de ação na Justiça por manter funcionários em excesso, a Câmara Municipal prometeu realizar concurso público para substituir os servidores comissionados, que serão demitidos.

Investigação do MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) apontou que 90% do quadro de pessoal do Legislativo Municipal é composto de servidor comissionado, aqueles funcionários que não passaram por concurso público. Na apuração, foi concluído que o número de cargos em comissão na Câmara é “assustadoramente” maior do que a quantidade de efetivos, o que seria ilegal.

Antes de a Justiça decidir se obriga ou não, o Legislativo firmou acordo com o Ministério Público. De acordo com a Câmara, o processo de licitação para abertura do concurso acontecerá depois da eleição deste ano, que acontece em outubro. Regra eleitoral impede atos que aumente renda do Poder Público durante o período.

Nos siga no Google Notícias