ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  18    CAMPO GRANDE 19º

Política

Servidor da Assembleia de MS terá 72 horas para justificar falta

Norma está em ato que estabelece o ponto eletrônico para registro de frequência

Mayara Bueno | 05/02/2017 14:46
Assembleia Legislativa de MS. (Foto: Roberto Higa e Victor Chileno).
Assembleia Legislativa de MS. (Foto: Roberto Higa e Victor Chileno).

O servidor da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul terá 72 horas para justificar ausência, caso contrário terá o dia descontado. É o que prevê ato normativo da casa de leis sobre o ponto eletrônico, que também estabelece a apuração por meio de relatório mensal, para desconto na folha de pagamento de quem faltar.

Esta semana, quando os trabalhos do Legislativo Estadual foram retomados, o registro eletrônico começou a funcionar, ainda em fase de ajustes. O papel impresso nas duas máquinas, por exemplo, saiu em branco, sem qualquer registro das informações do funcionário.

A instalação dos pontos eletrônicos surgiu depois de um 2016 cheio de denúncias sobre servidores fantasmas na Assembleia, aqueles que são empregados no papel, recebem salários, mas nunca foram trabalhar.

Conforme o ato publicado, somente serão abonadas as faltas que forem justificadas junto da chefia imediata de cada setor, que deverá informar ao RH (Recursos Humanos). O prazo para fazer isso será de 72 horas. Já as ausências sem explicação formal acarretarão apurações por meio de relatório mensal e desconto dos dias não trabalhados.

Há tolerância de atraso de 15 minutos, no entanto, se ocorrer de forma reiterada será considerada como infração aos “deveres do servidor de assiduidade e pontualidade, inclusive, sujeito a penalidade administrativa”.

Embora as duas máquinas, instaladas na entrada da Assembleia, já estejam funcionando, o documento afirma que a exigência passa a valer a partir de segunda-feira (6). O servidor terá de registrar a entrada às 7 horas e deixar o local de trabalho às 13 horas, para quem cumpre expediente de manhã. À tarde, começa a valer 12 horas até as 18 horas. Quem tem dedicação exclusiva deverá registrar às 8 horas e sair às 18 horas.

Já quem exerce jornada especial devem ser autorizadas e justificadas, mas não poderão ser inferiores a carga horária semanal de 30 horas.

Polêmica - Os deputados tiveram que lidar em 2016 com denúncias de servidores fantasmas na Assembleia. O primeiro alarde foi durante a campanha eleitoral, quando o então candidato Marquinhos Trad (PSD), foi acusado de estar estudando, durante a época em que era nomeado no gabinete do seu pai, Nelson Trad.

Outra situação foi uma conversa gravada e divulgada nas redes sociais, onde o deputado Paulo Corrêa (PR) aconselha Felipe Orro (PSDB) a regularizar o ponto dos seus servidores, alertando que existia uma investigação feita pela Rede Globo sobre o assunto, em diversos legislativos estaduais. Ainda sugeriu ao colega que fizesse um controle dos funcionários do interior, nem que fosse por uma "folha fictícia".

Nos siga no Google Notícias