ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUARTA  24    CAMPO GRANDE 22º

Política

TCE consegue suspender na Justiça nomeação de Arroyo como conselheiro

Aline dos Santos | 26/12/2014 07:46
Decreto com nomeação de Arroyo teve 24 horas de validade. (Foto: Marcos Ermínio)
Decreto com nomeação de Arroyo teve 24 horas de validade. (Foto: Marcos Ermínio)

O TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) suspendeu o decreto que nomeou o deputado estadual Antônio Carlos Arroyo (PR) para conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado).

Desta forma, a validade do decreto de nomeação, que foi publicado pelo governo do Estado no dia 24 de dezembro, durou apenas 24 horas. A decisão é da desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges. Para a magistrada, foram apresentadas “robustas provas”.

O mandado de segurança, distribuído e julgado ontem, foi apresentado pelo TCE e conselheiros Iran Coelho das Neves, Marisa Serrano, Ronaldo Chadid e Waldir Neves. Eles denunciam que foi feito um processo paralelo de aposentadoria do conselheiro José Ricardo Cabral, que abriu vaga para nomeação de Arroyo.

O pedido de aposentadoria foi feito em 25 de novembro, mas até o dia 15 de dezembro não tinha sido remetido pelo tribunal ao governador do Estado, a quem cabia indicar o sucessor na corte fiscal.

No último dia 15, José Ricardo, que ocupa a presidência do TCE, assinou a própria aposentadoria, após ter recebido visita do presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Jerson Domingos (PMBD); do procurador-geral do Estado, Rafael Coldibelli Francisco; e Arroyo. O processo foi acelerado para que a indicação fosse feita ainda na gestão de André Puccinelli (PMDB).

No dia seguinte, 16 de dezembro, o decreto de aposentadoria de José Ricardo foi publicado no Diário Oficial do Estado. Horas depois, a Assembleia recebeu decreto legislativo do governo com a indicação de Arroyo. A aprovação veio no dia 18 de dezembro. Neste mesmo dia, o Tribunal de Contas, que já havia apontado a nulidade do procedimento, fez sessão extraordinária anulando a aposentadoria de José Ricardo.

O TCE justifica que o processo oficial de aposentadoria ainda aguarda voto do corregedor-geral, conselheiro Ronaldo Chadid. O rito normal é que, após aval do corregedor, o documento seja remetido ao governo do Estado. A novela pelo cargo com remuneração de R$ 26 mil já rendeu demissão no Tribunal de Contas, polêmica e guerra nos bastidores do poder.

Nos siga no Google Notícias