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Política

Votação sobre destino de Aécio deve ser decidida após reunião de líderes

Karine Melo, da Agência Brasil | 17/10/2017 13:32
Aécio Neves, que precisa de 41 votos para anular a decisão da Primeira Turma do STF (Foto: Wilson Dias/Arquivo/Agência Brasil)
Aécio Neves, que precisa de 41 votos para anular a decisão da Primeira Turma do STF (Foto: Wilson Dias/Arquivo/Agência Brasil)

A poucas horas da sessão do Senado que vai definir o futuro do senador Aécio Neves, o clima na Casa é de incerteza. A expectativa é que, após a reunião de líderes prevista para as 14h30, o presidente Eunício Oliveira, confirme ou não a votação de hoje (17). Eunício passou a manhã fora do Senado.

Entre os defensores do tucano, a dúvida é se ele terá os 41 votos necessários para anular a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), que, além de afastar o mineiro das funções parlamentares, determinou que ele não saia de casa a noite e o recolhimento de seu passaporte.

A situação de Aécio ficou mais delicada depois de, nesta terça-feira, o ministro do STF Alexandre de Moraes acolher os argumentos do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que ingressou ontem (16) com um mandado de segurança no Supremo para garantir a votação aberta e nominal do caso do mineiro.

“Isso cria ingredientes para que nós tenhamos um panorama não muito definido sobre essa situação. Houve muito pouco tempo para essas articulações que só vão começar para valer a partir de hoje. Diante da decisão do Alexandre de Moraes, o que vai prevalecer é o já, mas a minha tendência é dar uma oportunidade ao senador ainda dentro desse processo”, avaliou o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), um dos poucos defensores de Aécio que falaram abertamente sobre o assunto hoje.

Outro ponto que pode pesar contra Aécio é que nesta terça-feira pelo menos 11 parlamentares, entre favoráveis e contrários à decisão do STF, estão fora da Casa e não vão participar da votação. Desse total, 10 estão em missões oficiais fora do país e um, o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), está de licença médica. Cada voto a favor do senador é considerado fundamental.

Para o senador Randolfe, a ausência de parlamentares não pode ser justificativa para o adiamento da votação. “A ausência de um, dois, três, quatro ou cinco parlamentares não pode ser razão para o Senado adiar uma votação que ele próprio marcou, inclusive com um ultimato para o Supremo. Agora que tem um ambiente que indica claramente que o senador Aécio não tem votos, adiar seria passar, no mínimo, um papel constrangedor."

O presidente do PSDB, senador Tasso Jeireissati (CE), demostrou confiança. Disse que não há motivos para adiamentos e que Aécio terá votos suficientes para voltar ao Senado.

O PT, que inicialmente chegou a criticar a decisão do STF de afastar Aécio do mandato, voltou atrás. A tendência é que sigla feche questão e vote pela manutenção das medidas contra o tucano.

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