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Política

Zeca diz que topa ser até cabo eleitoral nas eleições de 2012

Vinícius Squinelo | 15/08/2011 14:21

Ex-governador afirma que chapa encabeçada por Delcídio seria imbatível, mas aceita qualquer posição que PT indicar, até mesmo de vice

"Precisamos montar um arco de alianças que dê sustentação em 2012" (Foto: João Garrigó)
"Precisamos montar um arco de alianças que dê sustentação em 2012" (Foto: João Garrigó)

O ex-governador Zeca do PT disse que não escolhe posição para compor a chapa petista à sucessão do prefeito Nelsinho Trad (PMDB) em 2012. Na condição de um dos três pré-candidatos do PT, ao lado do deputado federal Vander Loubet e do deputado estadual Pedro Kemp, Zeca diz que topa ser cabeça de chapa, vice ou até mesmo um mero cabo eleitoral. Pelo tom da fala, Zeca abomina, no entanto, a tendência de uma parte do PT que, em razão da aliança nacional, torce pela composição com o PMDB de André Puccinelli. Nesse caso, Zeca se diz radical, a ponto de falar até em abandonar o partido, ‘envergonhado’ caso isso aconteça, segundo admitiu, em entrevista ao Campo Grande News.

PT e PMDB são aliados nacionalmente, tendo, inclusive, eleito a presidente Dilma Rousseff (PT) e o vice-presidente Michel Temer (PMDB).

Zeca acha que as chances são maiores se o partido lançar uma chapa encabeçada pelo senador Delcídio Amaral, mas já sabe que isso é impossível. “Pra mim, a chapa mais forte do PT seria com Delcídio para prefeito e eu como vice, mas isso está praticamente descartado pelo diretório do partido”, comentou o ex-governador.

Confira as principais partes da entrevista:

Chapa com Delcídio e relação com senador: “Onde me botar pra jogar eu jogo. Se for definição do PT estou à disposição. A única condição que faço é da unidade política, isso significa claramente uma coisa: a efetiva participação do senador Delcídio. Não dá mais para fingir que nada está ocorrendo. O PT vislumbra uma possibilidade real de ganhar as eleições 2012. Delcídio é uma liderança política inquestionável, com enorme peso político, ele tem que estar junto, como candidato a prefeito, seja como parceiro, Delcídio tem que estar na campanha. Até porque 2014 não é uma coisa isolada, tem uma estação anterior, as eleições 2012. Delcídio só vai ser governador se for candidato pelo PT, com seus aliados. O fundamental é a fidelidade ao projeto. A melhor chapa seria Delcídio e Zeca, mesmo estando quase descartada, nenhuma outra chapa tem condições de ganhar.”

“Depois de minha saída do governo, em 2006, o PT perdeu força". (Foto: João Garrigó)
“Depois de minha saída do governo, em 2006, o PT perdeu força". (Foto: João Garrigó)

Alianças: “Precisamos montar um arco de alianças que dê sustentação em 2012. Vejo como aliados vários partidos, como PDT, PSB, PC do B, PP e PSD. Se fizermos 30 prefeituras entre estes 7, 8 aliados, ganhamos força. A campanha de Delcídio para o governo em 2014 fica mais forte.”

2012: “Em Campo Grande, com uma chapa boa para vereadores, podemos fazer 6, 7 vereadores, como foi em 1996. Mas temos que ter uma chapa forte. No interior, em Dourados, com a ida do Murilo (Zauith, prefeito) para o PSB, defendo a aliança lá. Vejo chances de ganhar com aliados em Três Lagoas, Guerreiro (Ângelo, vereador do PDT), vai ganhar estourados, se possível o PT indicar o vice. Corumbá o trabalho deve continuar, dado o resultado que a população vê da administração de oito anos do PT (com Ruiter Cunha). Acho que em Ponta Porã temos que construir um projeto ainda.”

Aliança com PMDB: “Se acontecer isso saio do PT. Acho que é jogar no lixo nossa história. Uma aliança aqui com o Puccinelli absolutamente não contribui. Se acontecer, envergonhado, vou para casa.”

Força do PT: “Depois de minha saída do governo, em 2006, o partido perdeu força, e é natural. Aproveitamos estes quatro anos para se reorganizar, se redescobrir, e acho que o PT vem forte para as próximas eleições. PT tem que lançar candidato aqui na Capital e nas principais cidades do interior, e isso vou dizer pro Falcão (Rui, presidente do PT) que vai estar aqui dia 18. Vou dizer também que o PT precisa se apropriar de alguns cargos federais aqui no Estado. Alguns deles, como a Funasa, trabalharam contra o PT e a Dilma nas eleições.”

Propostas para Campo Grande: “Tem que cuidar da saúde, que está um caos hoje, uma vergonha em Campo Grande, haja vista o que aconteceu com a Santa Casa e o que o PMDB fez no Hospital Regional, que deixamos montado. Temos também que ver o transporte coletivo, e a segurança”.

Atuação do PMDB na prefeitura e governo: “os dois têm características idênticas, usam o dinheiro do governo federal para fazer suas obras, como de infraestrutura, e não colocam nenhuma placa para Dilma, não dão o crédito.”

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