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Cerrito

Por José Tibiriçá Martins Ferreira* | 12/12/2011 13:30

Existe um ditado que diz o seguinte: água mole em pedra dura, tanto bate, até que fura. Quer dizer, que podem as coisas ser difíceis, mas se insistirmos nelas, acabaremos por vencê-las.

Tenho cobrado do poder público sempre providências quanto a identificações dos locais em nosso Município e graças ao espaço que a imprensa dá, tem sortido efeito. As placas do anel viário foram retificas e hoje aparecem os nomes corretos: ITAHUM e LAGUNA CARAPÃ.

Várias vezes cobrei a colocação de uma placa identificando a VILA CERRITO, cuja rodovia é estadual, mas a Agesul não tomou nenhuma providência, algo que até foi solicitado pela Câmara de Vereadores de Dourados.

Como a burocracia do estado é muito grande, uma empresa de comunicação tomou a iniciativa e colou ali uma placa para nossa surpresa, do lado direito de quem chega.

Nós temos que tomar cuidado porque existe um boato que estão querendo denominar o referido lugar de Cidade Universitária. Dourados está cheio de “estoriadores”, pessoas que chegaram recentemente e gostam de trocar os nomes, sem consultar à sua população.

Alguém pode perguntar por que CERRITO? A história é antiga, a região tem esse nome porque é cercada de vários cerros. Quem parte em direção ao Cerrito, olhando da Brigada Guaicurus pode-se perceber que distante aparecem pequenos cerros. Cerrito, na lingua castelhana é o diminutivo da palavra cerro, que significa "montanha" ou "colina".

Este nome é tão antigo na região que lá o falecido Antonio Alves da Rocha (nhonhô), pai de Alkindar Matos Rocha, tinha uma casa de comércio denominada CERRITO. Meu pai Abílio Ferreira foi seu guarda-livro (contador) na década de 30. Ali vivia a família Fonseca, Gomes, Amaral, Isidro Pedroso teve fazenda na década de 20, Antonio Emílio de Figueredo que foi proprietário da Fazenda Lajeadinho. Atrás da Polícia Rodoviária Estadual até chegar no trevo do Cerrito – Dourados - Ponta Porã, Manoel Barbosa Garcia foi proprietário da Fazenda Picadinha. No fundo do aeroporto, contornando com a Brigada até a Rodovia que vai para Ponta Porã a família Mattos tinha uma grande área de terra. Próximo dali, um paraguaio de nome Antolim também viveu, cujo córrego que por ali passa, leva o seu nome. Dizem que ele foi expulso do local, outros tomaram posse da área. Antes fizeram uma intriga de que ele tinha matado numa caçada num disparo acidental um membro de uma família tradicional de nosso município.

O Cerrito começa na curva da pedreira douradense, em frente à antiga Fazenda de Osório Nunes, onde existe um loteamento e parte dela, no fundo pertence a Adir Xavier de Matos. Para se chegar à Vila, passa-se pela empresa Sementes Guerra, Escola Morosina Carmem Torraca Martins, Biigada Guaicurus, CTG, Cemitério da Família Pedroso, Escola José Albano de Almeida, Cemitério da Igreja Luterana, Aeroporto Francisco de Mattos Pereira, UEMS, UFGD e COOPASOL. Esta já está na rodovia Coronel Juca de Mattos, distante cerca de 3km de Picadinha.

O poder público é muito moroso e poucos políticos têm vontade de percorrer o Município, com algumas exceções e geralmente eles gostam de comparecer nos dias em que acontecem inaugurações. O ditado diz que quem não é visto, não é lembrado e no dia 07 de outubro de 2012, haverá eleição municipal para prefeito e vereadores e Dourados passará a contar a partir de 2013 com 19 (dezenove) legisladores,.

Independente da placa ser colocada por patrocínio de uma empresa privada de comunicação, seria muito importante que a Agesul colocasse outras, sentido Itahum-Cerrito, estrada de chão por mim denominada de João Gomes, Este trecho dizem que já está asfaltada no papel, fato que o colega José Vasconcelos me confidenciou no dia do lançamanto do anel aviário na sede da OAB-MS.

Gostaria que os dois deputados estaduais, representantes de Dourados na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, juntos, reinvindicassem à Agesul providências no sentido de se colocar as placas oficiais de cor verde do estado para identificar a Vila Cerrito nas três entradas já nominadas.

(*) José Tibiriçá Martins Ferreira é dvogado e produtor rural no distrito de Picadinha, Dourados.

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