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Cinco passos para o Brasil evitar problemas como de Londres e Sochi

Por Udi Geismar (*) | 03/03/2014 09:36

1- Obras inacabadas são uma piada... de mau gosto.

Você provavelmente riu dos banheiros sem divisórias de Sochi, na Rússia, de tão inacreditáveis que eram, e fez careta para os atrasos da Copa do Mundo da África do Sul, em 2010. De fato, atrasos e obras inacabadas são um problema sério. É fundamental focar em planejamento e eficiência na organização e execução de grandes eventos, e assim evitar custos e danos irreparáveis à imagem de uma cidade, ou país-sede. Sochi será eternamente lembrada por seus banheiros comunais, apartamentos inacabados e grama sendo pintada de verde às vésperas do início das competições. Trabalho dobrado para o Brasil, que precisa deixar para trás as imagens inacabadas dos jogos Panamericanos, em 2007, no Rio de Janeiro. Planejamento é fundamental para que as equipes executem o trabalho necessário em tempo hábil e no decorrer do evento.

2- Com centenas de milhares de turistas corremos o risco de tudo parar.

Além do trânsito de cada dia, comum nas grandes cidades brasileiras, milhares de turistas sobrecarregarão os transportes públicos e vias durante os jogos. Em uma cidade como São Paulo, os serviços relacionados ao transporte já transbordam pelas beiradas. Não apenas a organização dos jogos, mas as empresas também terão que se adequar e considerar opções de mobilidade, trabalho remoto e como gerir os funcionários que trabalham em regime móvel para evitar transtornos e perdas aos negócios. Isso é particularmente importante, por exemplo, em equipes técnicas de serviços públicos como água e energia, reparos em possíveis acidentes ou problemas de abastecimento que não podem parar durante os jogos.

3- Conte com imprevistos. Algumas pessoas simplesmente não aparecem para seus turnos!

Londres sofreu um desgaste na mídia internacional pela falta de planejamento em relação à segurança, e deixou um grande prejuízo para a empresa responsável por este processo. Simplesmente não tinham os agentes necessários para garantir a segurança do evento. Muitas explicações foram dadas, mas no fim do dia é preciso entender que algumas pessoas não irão aparecer para os turnos ou treinamento, por isso é fundamental contar com ferramentas especializadas para organizar a força tarefa e prever com antecedência ajustes de acordo com a demanda.

4- Cuidado com o ambiente e as pessoas.

Rumores e denúncias de abuso em obras sempre existirão, especialmente em países com regimes políticos mais severos como a China, que sediou as Olímpiadas em 2008. É preciso sim garantir que tudo fique pronto, mas fazendo o trabalho de maneira eficiente, e não explorando a mão de obra. É importante sempre levar em conta o impacto gerado pelas obras no ambiente e na sociedade. Entre as críticas às Olímpiadas de Inverno de Sochi estão a exploração dos funcionários e severos impactos ambientais causados pelas obras. Para evitar tal fiasco, já existem no mercado diversas soluções e tecnologias que permitem o aumento da produtividade de equipes sem exploração e reduzem o impacto ao meio ambiente.

5- Cyberbullying é a nova moda...

Russos foram bombardeados com piadas pela internet de todos os fatores que deram errado nos Jogos Olímpicos de Inverno. E, por mais que as críticas possam ter sido dirigidas ao presidente Vladimir Putin, estamos falando de uma população emocionalmente apegada aos jogos, ouvindo que seu país fez papel de ridículo. Ainda este ano pode ser a vez do Brasil, com bilhões de pessoas comentando um fiasco do ‘país do futebol’ em sua própria Copa do Mundo. Sem organização e planejamento necessários – tanto na Copa quanto nas Olimpíadas - podemos virar a próxima piada da internet. Estamos preparados?

(*) Udi Geismar, vice-presidente da ClickSoftware para a América Latina

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