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Doutor deixe seu paciente falar, por Ruy Sant’Anna

Por Ruy Sant’Anna (*) | 12/07/2012 13:30

Nem todos os médicos têm a paciência ou dom de saber ouvis seus pacientes. E isso não apenas em postos de saúde, mas também no atendimento médico particular ou conveniado.

Relacionado a esse aspecto está o receio do paciente que, recebe no peito, uma relação enorme de pedidos de exames e essas questões colocam os pacientes na procura de bons clínicos gerais. Que tenham paciência ou dom de saber escutar e como conseqüência limite ao mínimo necessário os pedidos de variados exames.

Imagine a trabalheira do paciente que tem de se submeter a uma bateria de exames complementares. Caso o problema seja de coluna ou crise rim, por exemplo, ter de pegar um ônibus várias vezes e em dias alternados, com o adicional da despesa do passe etc.

O profissional médico tem de permitir que se estabeleça a empatia, entre ele e seu paciente como primeiro passo. É essa situação que fará do médico, um profissional ocupado, sobretudo com o ser humano e não apenas com a doença.

Tais observações as faço e ouço desde criança, iniciando com o dr. Francisco Bezerra (na “Capital” Porto Murtinho), jovem com o dr. Walfrido Azambuja, e adulto como acompanhante de minha querida e saudosa mãe com o dr. Nagib Derzi e pessoalmente com o dr. Francisco C. B. Leite, este atende no Posto de Saúde 26 de Agosto: lá sou seu paciente.

Todos têm ou teve essas bases profissionais no atendimento médico, com exceção do dr. Walfrido Azambuja, que já faleceu.

Foi o dr. Nagib Derzi quem contou-me sobre sua maneira de atuar e porque. Ele me disse que era avesso aos pedidos de exames como principal forma para o tratamento, pois prefere ouvir seu paciente, sentir-lhe e fazer todos os procedimentos clínicos antes do pedido de qualquer exame adicional ao seu laudo clínico.

Detalhou-me que para entender a história do paciente precisa chegar à sua essência, o que lhe garante tratamentos mais precisos e eficazes. E claro, com tais cuidados fica-se mais tranqüilo para cumprir o tratamento, mesmo que não seja fácil.

Sabe-se que muito doente ou parente próximo deste preocupa-se em se informar se tal ou qual médico é bom ou merece confiança. Se tem ou não conhecimentos abrangentes capazes de resolver a grande maioria das afecções sem perda de tempo ou desperdício com exames complementares onerosos ao paciente ou ao SUS; e também demorados.

Assim, parabenizo aos pacientes dos médicos acima relacionados, também aos seus familiares por serem privilegiados com o convívio de pessoas dedicadas e éticas.

Mais que tudo, profissionalmente não só auscultam, mas escutam seus pacientes. E aí, acredito, está toda a diferença: algumas vezes estes são compensados pela conversa afetuosa, e pode ser disso que o paciente precisa.

Daí, dou-lhes bom dia, o meu bom dia pra vocês.

(*) Ruy Sant’Anna e advogado e jornalista.

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